CEO da TAP espera crescimento de 1% nos passageiros e estabilização das receitas em 2025
No ano em que arranca a privatização, a TAP terá resultados em linha com os do ano passado, antecipa Luís Rodrigues. Queda na receita de passageiros é compensada por taxas de ocupação mais altas.
A CEO da TAP, Luís Rodrigues, antecipa que a companhia aérea registe este ano um crescimento de apenas 1% no número de passageiros transportados e uma estabilização das receitas.
A companhia aérea fechou o primeiro semestre com mais 2,2% de passageiros, mas o ritmo de crescimento deverá ser ainda menor no conjunto do ano. “Aquilo que temos estado a ver é uma estabilização de tráfego. No total há um ligeiro crescimento e acho que somos capazes de acabar o ano 1% acima do ano passado“, afirmou Luís Rodrigues à margem do World Aviation Festival, uma feira do setor que decorre entre 7 e 9 de outubro, na FIL, em Lisboa.
Este desempenho vai resultar numa estabilização das receitas operacionais. “Aquilo que estamos a assistir é que a receita por passageiro está ligeiramente deprimida face ao ano passado, mas o loadfactor [taxa de ocupação] está ligeiramente acima e uma compensa a outra. No balanço está equilibrado”, disse Luís Rodrigues.
A confirmar-se a projeção do CEO da TAP, o desempenho da companhia será semelhante ao de 2024, quando o número de passageiros cresceu 1,6% e as receitas operacionais 0,7%.
As receitas da TAP recuaram 1% nos primeiros sis meses deste ano para 1.955,2 milhões de euros. A companhia aérea fechou o período com um prejuízo de 70,7 milhões de euros, com as contas a destoarem dos números positivos apresentados pelas principais companhias europeias que já manifestaram interesse do processo de venda da transportadora portuguesa.
Luís Rodrigues não quis adiantar uma projeção para a evolução do resultado líquido nem comentar a privatização.
O Governo aprovou em julho o decreto-lei de privatização de 49,9% da TAP, incluindo 5% para os trabalhadores. O caderno de encargos, aprovado em setembro, determina que os concorrentes têm de ser companhias aéreas com um mínimo de cinco mil milhões de euros num dos últimos três anos. As manifestações de interesse têm de ser enviadas à Parpública até dia 22 de novembro.
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