Insolvências descem até setembro. Criação de empresas a caminho de recorde em 2025
Entre janeiro e setembro foram criadas 40.465 empresas, o que representa uma subida de 2,4% face ao período homólogo. Já as insolvências desceram 5,2% após dois anos de aumentos consecutivos.
Nos primeiros nove meses do ano foram criadas 40.465 novas empresas em Portugal, o que representa um crescimento de 2,4% face ao mesmo período do ano passado. Está também acima dos números de 2023, ano em que se bateu o recorde de constituições de empresas no país.
Segundo os dados divulgados esta quarta-feira pela Informa D&B, “2025 pode estar a caminho de novo recorde na criação de empresas”, embora a consultora sublinhe que o crescimento deste ano tem vindo a perder alguma robustez desde o primeiro trimestre [até à] data de hoje”.

A análise revela que o imobiliário (+22%) e a construção (+13%) foram os setores que lideraram a criação de empresas. Estes números refletem o “dinamismo do mercado imobiliário, como a resposta empresarial à crise da habitação”, assinala a consultora.
Com aumentos igualmente expressivos na constituição de empresas destacam-se os serviços empresariais (+4,8%) e a agricultura (+20%). Seguem-se os subsetores do alojamento de curta duração (+42%), as atividades de agricultura e pecuária (+25%) e o retalho generalista (+42%).
Por outro lado, entre os setores com recuos na criação de empresas destaca os transportes (-30%), em especial na Grande Lisboa, que continua a abrandar e a impactar fortemente o indicador; o retalho (-8,5%), sobretudo no ramo alimentar; e os serviços gerais (-3,0%), com destaque para a descida de atividades de saúde, desporto e bem-estar.
Insolvências descem 5,2% após dois anos a subir
Até final do terceiro trimestre de 2025, 1.502 empresas iniciaram um processo de insolvência, o que corresponde a uma descida de 5,2% (-103 insolvências) face ao período homólogo. Isto após dois anos de aumentos consecutivos neste indicador.
Metade dos setores de atividade registam descida nas insolvências, mas este recuo foi especialmente concentrado nas indústrias (-26%; -113 insolvências), nomeadamente na indústria de têxtil e moda (-37%; -98 insolvências), que nos últimos dois anos tinha registado aumentos sucessivos. As insolvências desceram também nos setores dos serviços gerais (-21%, -25 insolvências) e construção (-9,8%, -20 insolvências).
Do lado das subidas, a consultora destaca os serviços empresariais (+32%; 37 insolvências) e os transportes (+31%; +26 insolvências).
No que respeita ao encerramento de empresas, o Barómetro da Informa D&B contabiliza que até final de setembro encerraram 7.910 empresas em todo o país, o que corresponde a uma descida face ao período homólogo.
A descida neste período é transversal a todos os setores de atividade, destacando-se os setores do alojamento e restauração (-21%), retalho (-16%) e serviços empresariais (-15%).
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