‘Gangue espanhol’ na mira da investigação aos negócios ruinosos do Novobanco

  • ECO
  • 17 Novembro 2025

Depois da herdade no Meco vendida à mulher, há outro negócio imobiliário realizado pelo diretor da Lone Star e ex-quadro do Novobanco, Volkert Reig Schmidt, sob suspeita.

Há um novo negócio sob suspeita envolvendo o diretor da Lone Star e ex-quadro do Novobanco, Volkert Reig Schmidt, que vendeu uma herdade do banco à mulher. Desta vez está em causa um negócio imobiliário no Porto e do qual terá obtido um benefício de vários milhares de euros, avança o jornal Público (acesso pago).

Em 2021, a gestora de ativos do Novobanco liderada por Volkert Reig Schmidt, a GNB, vendeu um terreno nas Antas, no Porto, a um veículo chamado Fado Land II, ligado a uma joint-venture entre os fundos de Carlos Vasconcellos Cruz (Quântico) e o de Cristóbal de Castro (Albatross). O negócio foi fechado por 27 milhões de euros, com um desconto de 45% em relação ao valor que estava registado nas contas da GNB.

Mais tarde, através da empresa da mulher e com dois amigos espanhóis, Volkert Reig Schmidt adquiriu um T3 (por 452 mil euros) e um T4 (395 mil euros) no empreendimento Atrium Antas, construído pela Quest Capital de Carlos Vasconcellos Cruz e Cristóbal de Castro, naquele terreno. Imobiliárias estimam que os dois imóveis tenham sido adquiridos por Volkert Reig Schmidt com um desconto de 35% em relação ao valor médio do mercado.

Quando surgiram as notícias sobre o negócio da herdade no Meco, Volkert Reig Schmidt e os amigos apressam-se a vender os dois apartamentos, garantindo uma mais-valia de 150 mil euros.

O jornal Público dá conta de que esta operação e a da herdade no Meco desvendaram um novelo de ligações entre investidores espanhóis com o objetivo de ganhar dinheiro com imóveis do Novobanco e que se encontram sob investigação na Operação Haircut.

Quem conhece este grupo apelida-o de “gangue espanhol” ou “gangue da pescada cozida”, referindo-se aos almoços regulares que realizavam num restaurante em Lisboa e onde alinhavam interesses para repartirem entre si ganhos rápidos em operações ruinosas do Novobanco.

Volkert Reig Schmidt, que foi pressionado a sair do banco no verão passado, disse ao Público que está a ser “alvo de uma campanha de difamação” e assegurou que as transações em que participou foram realizadas “aos valores de mercado” e cumprindo “os procedimentos internos” do Novobanco “de modo adequado” como atestaram as “auditorias independentes realizadas por terceiros”.

O ECO questionou banco, Volkert Reig Schmidt e Quest Capital, que não quiseram fazer qualquer comentário.

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