IVI destaca o avanço da inteligência artificial e das tecnologias ómicas na reprodução assistida
Ao apresentar 41 estudos sobre este tema durante o XIII Congresso Asebir em Barcelona.
A Dra. Marga Esbert, embriologista e coordenadora de investigação da IVI Barcelona, explicou que, desde o início da reprodução assistida, os progressos têm sido extraordinários e que a IA e as tecnologias ómicas permitiram dar um salto qualitativo ao fornecer dados objetivos e padronizados para a tomada de decisões.
Entre os resultados apresentados, destacou-se um algoritmo capaz de analisar mais de 1200 oócitos de doadoras para prever quais óvulos atingiriam a fase de blastocisto. Além disso, ferramentas digitais como o Embryo Assist e o software SiD ofereceram uma avaliação mais completa do potencial reprodutivo de espermatozoides e embriões. Os investigadores também observaram que, após a desvitrificação, os colapsos embrionários estavam associados a piores taxas de implantação, enquanto as contrações leves favoreciam a recuperação.
A IVI também mostrou os avanços alcançados no cultivo embrionário prolongado até ao 11.º dia, possível graças à otimização dos sistemas de incubação. Este novo cenário permitiu estudar fases anteriormente invisíveis do desenvolvimento, e as análises revelaram que os embriões euploides apresentavam um padrão de expressão genética associado a uma maior capacidade de crescimento e adesão.
Outra linha de investigação centrou-se nas divisões celulares. Graças a sistemas de lapso de tempo, observou-se que alguns embriões passavam de uma para três células, em vez da sequência habitual, um fenómeno associado a uma menor viabilidade. Pela primeira vez, uma análise proteómica do esperma relacionou estas divisões irregulares com diferenças no perfil das proteínas espermáticas, abrindo novas linhas de estudo sobre o papel do gameta masculino no desenvolvimento embrionário.
Por tudo isso, Mireia Florensa, diretora do laboratório de FIV da IVI Barcelona e membro do Comité Organizador da Asebir 2025, concluiu dizendo que o objetivo é «continuar a promover uma medicina reprodutiva mais precisa, eficaz e, acima de tudo, mais personalizada».
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