Generali, BFF e futuro dono do Novobanco na corrida à compra da seguradora GamaLife

A segunda fase do processo para a compra da seguradora portuguesa GamaLife à APAX começou. Já são só três os candidatos e todos conhecem bem Portugal.

A Generali, o banco italiano BFF e o BPCE, banco francês que acabou de adquirir o Novobanco, são os três selecionados para a segunda fase na corrida à compra da GamaLife, noticiou a Reuters. A decisão final é esperada no início do próximo ano.

Em outubro passado o jornal Milan Finanza noticiou que a UBS e a Nomura tinham sido contratados pela APAX para encontrar compradores para a GamaLife, seguradora nascida da transformação da GNB Vida, adquirida ao NovoBanco.

O valor indicado nesse momento apontava para 600 milhões de euros pelos 100% do capital da GamaLife que detém um contrato de exclusividade de venda de seguros de Vida com o Novobanco até 2039.

Os candidatos à compra, nesta segunda fase, são a Generali que acabou de completar a integração da adquirida Liberty em Portugal e Espanha e que é hoje terceiro maior grupo em Portugal. À seguradora italiana falta uma maior expressão em seguros de Vida apesar de recente compra de cerca de 8,9% do capital do Banco CTT e a possibilidade de usar essa rede, e também a dos Correios, para alavancar vendas produtos do ramo Vida.

Outro concorrente que avançou – segundo a Reuters – foi o BPCE que acabou de adquirir o Novobanco e é, portanto, conhecedor do negócio da GamaLife.

O terceiro concorrente divulgado pela Reuters é o banco italiano BFF que funciona Portugal sobretudo como um banco especializado em factoring e gestão de créditos para empresas que têm faturas a receber do setor público. Nasceu em 1985 como associação de farmacêuticas italianas para gestão de recebimentos da administração pública, e está hoje em Itália, Croácia, Chéquia, França, Grécia, Polónia, Eslováquia e Espanha. Em Portugal entrou em 2014 e estabeleceu sucursal em 2018.

O BFF tem um valor em bolsa de cerca de 2 mil milhões de euros e, para além de algumas farmacêuticas fundadoras, conta com 70% de capital disperso e 20% junto de investidores institucionais, predominando o fundo americano Artisan Partners com quase 5% do capital.

A GamaLife foi redenominada assim e em 2022 a companhia, com sede em Lisboa, adquiriu uma carteira no valor de 7 mil milhões de euros de seguros de Vida e fundos de pensões que a Zurich geria em Itália, estabelecendo sucursal nesse país.

Em 2024 era a quinta maior seguradora Vida em Portugal com 489 milhões em prémios, obteve 63 milhões de euros de resultados líquidos e apresentava um rácio de solvência bastante confortável de 246%.

O Novobanco vendeu a GNB Vida à Apax por 123 milhões de euros em 2019 como preço fixo inicial e prevendo uma componente variável de até 125 milhões de euros, dependente de “objetivos de distribuição” num contrato de 20 anos entre a GamaLife e o Novobanco.

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