Pensar em Grande: Paula Amorim como nunca viu
No arranque do projeto Pensar em Grande, a chairperson da Galp explica como o risco, a ambição e a visão moldaram o seu percurso e continuam a orientar as grandes decisões que toma.
No primeiro episódio do projeto Pensar em Grande, uma parceria entre a Associação Business Roundtable Portugal (BRP) e o ECO, Paula Amorim revisita a força que moldou o seu caminho e que, acredita, define os líderes: a capacidade de assumir risco. “Quando tomei essa decisão, pus o risco no seu expoente máximo”, recorda sobre o momento em que decidiu avançar para a Fashion Clinic, num período de enorme turbulência pessoal e familiar.

A líder da Galp descreve como cresceu ao lado de um “líder muito forte”, o pai, Américo Amorim, de quem herdou a ambição, a resiliência e uma intuição aguçada para os negócios. Recorda-o como alguém com “muita sagacidade” e um “espírito jovem” que marcou profundamente a sua formação. Mas admite que, nesse ambiente dominado pela personalidade do pai, havia pouco espaço para fazer notar as suas próprias ideias. Por isso, percebeu cedo que teria de procurar um caminho fora do grupo e fazer um percurso que lhe permitisse afirmar o seu valor de forma autónoma e “ser valorizada” pelo que conseguisse construir por mérito próprio. Foi isso que fez.
Hoje, lidera uma das maiores empresas nacionais com a filosofia de olhar para as oportunidades mesmo quando surgem nos “momentos menos favoráveis”. E insiste que o Excel não pode ser o único guia de um gestor. “Se olhássemos para o Excel, nunca comprávamos nenhuma empresa”, afirma, defendendo que “a decisão empresarial tem de ter uma boa dose de risco”.
Foi essa audácia que levou a Galp a avançar para a exploração na Namíbia, um projeto de altíssimo risco, com apenas 28% de probabilidade de sucesso. A decisão não foi consensual nem dentro da própria estrutura técnica, mas Paula Amorim explica que o Conselho de Administração foi determinante e considerou que “era a decisão certa”.
Para Paula Amorim, considerada uma das mulheres mais influentes do país, o legado é um movimento contínuo que se vai transformando ao longo do tempo. “O que importa é o que se faz com o que se herda. Criei um legado e espero que os meus herdeiros possam continuar o meu”, sublinha em entrevista a António Costa, diretor do ECO.
Mas o que significa, afinal, pensar em grande? Para a empresária, é uma combinação de visão de longo prazo, curiosidade e responsabilidade, sempre com a condição indispensável de “correr riscos”, porque “o medo não pode existir”.
Veja a entrevista completa no vídeo abaixo:
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