Portugueses preferem idas ao shopping? País está abaixo da média da UE em compras na internet
Portugal continua abaixo da média europeia nas compras online, com menos pessoas a encomendar bens ou serviços pela internet do que a maioria dos países da União Europeia.
Portugal está entre os países da União Europeia (UE) onde menos pessoas compram online. Em 2024, apenas 48,5 % da população com idades entre 16 e 74 anos encomendou bens ou serviços pela internet, abaixo da média europeia de 60,2 %, segundo dados do Eurostat divulgados esta sexta-feira.

A região portuguesa com maior percentagem de pessoas que compram online é a Grande Lisboa, com 58,7%, seguida de Setúbal (55,9%) e do Alentejo (51,7%). No Norte, apenas 43,7% da população recorre regularmente à internet para encomendas, enquanto no Algarve o valor sobe para 49,7%. Nas regiões autónomas os números são ainda mais baixos, com a Madeira a registar 38,4% e os Açores 43,1%.
Em 2024, 23 regiões da União Europeia registaram pelo menos 80 % da população entre 16 e 74 anos a encomendar bens ou serviços online. Cerca de metade dessas regiões situa-se na Holanda, com as 12 regiões holandesas no topo, seguidas de quatro regiões da Dinamarca, três da Irlanda, três da Suécia e ainda a capital checa, Praga. A região central de Utrecht, nos Países Baixos, teve a maior percentagem de compradores online, com 91,5 %, seguida da vizinha Flevoland (89,5%).

Por outro lado, 21 regiões da UE registaram menos de 40 % da população a encomendar bens ou serviços pela internet. Além da ilha da Madeira as principais áreas estão localizadas no leste e sul da Europa, incluindo seis regiões da Roménia, cinco da Bulgária e seis do sul de Itália.
Disparidades regionais no acesso à internet em Portugal
Os dados do Eurostat mostram ainda que Portugal continua abaixo da média europeia no acesso à internet em casa pelos agregados familiares. No país em 2024, 90,8% dos agregados têm ligação à internet, abaixo da média da UE, que é de 94,2%. As regiões da Grande Lisboa (95,4%) e de Setúbal (94,7%) registam os valores mais altos, seguidas pelos Açores (93,7%) e Madeira (92,6%). Em sentido contrário, o Oeste e Vale do Tejo (86,9%) e Centro (88,2%) apresentam os níveis mais baixos.
No entanto algumas regiões da Europa registam níveis ainda baixos, tal como acontece em partes do sul de Itália e em países do sudeste europeu, como a Bósnia e Herzegovina, Sérvia e Grécia.
Em 2024, 19 regiões da União Europeia registaram pelo menos 98 % dos agregados familiares com acesso à internet em casa. Entre elas estão todas as 12 regiões dos Países Baixos, a maioria das regiões espanholas, o Luxemburgo (98,8%) e a Noruega (98,1%). As sete regiões com maior proporção de lares ligados à internet localizam-se todas nos Países Baixos, com Flevoland, Groningen e Zeeland a atingirem 100 %, seguidas de Utrecht (99,8%), Gelderland (99,2%) e Noord-Brabant (99,0%).
Por outro lado, 23 regiões da UE apresentaram menos de 90 % dos agregados com acesso à internet em casa em 2024. Estes territórios encontram-se distribuídos por vários países, incluindo quatro regiões de Itália, três na Bulgária e na Alemanha, duas na Grécia, França e Eslováquia, assim como regiões isoladas na Croácia, Bélgica e Lituânia, evidenciando disparidades significativas no acesso à internet entre diferentes partes da União Europeia.
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