Ativos das duas empresas falidas do grupo Polopiqué vão a leilão por 2 milhões
Equipamentos da unidade de tecidos e da Cottonsmile, ambas declaradas insolventes no âmbito da reestruturação do grupo, vão a leilão a 5 de dezembro.

Os equipamentos das insolventes Polopiqué II – Tecidos e da Cottonsmille, vão a leilão nos próximos dias por um valor base de 2,3 milhões de euros. No final de agosto, o grupo têxtil Polopiqué avançou com um profundo plano de reestruturação e o fecho destas duas unidades.
No âmbito de um plano de reestruturação, que inclui renegociação de dívida com a banca, venda de ativos e a concentração nos negócios que geram maior rendimento operacional, bem como o despedimento de 280 trabalhadores, o grupo nortenho avançou com o fecho de duas unidades: a Polopiqué Tecidos e a Cottonsmille, ambas com números negativos.
A Polopiqué Tecidos, por exemplo, apresentou resultados negativos nos últimos anos, tendo fechado o ano de 2023 com prejuízos de 1,6 milhões de euros. Já a Cottonsmile, a outra unidade que será encerrada, também tem apresentado números deficitários. Em 2023, a sociedade teve prejuízos superiores a um milhão de euros, um resultado sensivelmente em linha com o registado no ano anterior.
Três meses após a divulgação destas notícias duras para a indústria, a Polopiqué vai tentar rentabilizar o que sobra destes dois negócios insolventes, num leilão presencial, agendado para dia 5 de dezembro de 2025, pelas 14h30, no Hotel de Guimarães.
Os ativos móveis da Polopique II – Tecidos estão avaliados com um valor base de 2.311.790 de euros e os da Cottonsmille – Confecções com um valor de 48.230 euros, avança a leiloeira Leilosoc, em comunicado.

O passivo das insolventes que vai a leilão é composto por equipamentos para a indústria têxtil, que incluem teares jacquard, retos e de ensaio; máquinas de paletizar, comprimir cones, tingir e secar fio; bobinadores, ajuntadeiras e prensa de termocolagem.
Em termos globais, a Polopiqué Comércio e Indústria de Confecções, a têxtil do grupo apresenta uma dívida que ascende a 66,5 milhões de euros, na qual surgem o BCP e a Inditex como os maiores credores.
Com um total de 420 credores, o BCP surge como a entidade mais exposta à dívida da empresa têxtil do grupo de Santo Tirso, com créditos de 14,2 milhões de euros. Na lista sobressaem ainda outras entidades financeiras: à Caixa Geral de Depósitos são associados 6,5 milhões, enquanto o Eurobic reclama 3,9 milhões de euros e o Montepio 3,6 milhões.
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