Governo diz que “nada impede” ANA de acelerar prazo de Alcochete para 2035

  • Lusa
  • 7:48

José Luís Arnaut, chairman) da ANA - Aeroportos de Portugal, admitiu querer antecipar o prazo, mas lembrou que 2037 é o que está definido na proposta inicial "como válvula de segurança".

O secretário de Estado das Infraestruturas considera que “nada impede” a ANA – Aeroportos de Portugal de acelerar o prazo para o novo aeroporto de Lisboa, em Alcochete, apontando 2034-2035 como um prazo viável.

Hugo Espírito Santo abordou o tema, em Macau, depois de o presidente do Conselho de Administração (chairman) da ANA – Aeroportos de Portugal, José Luís Arnaut, ter admitido querer antecipar o prazo, mas, ainda assim, ter lembrado que 2037 é o que está definido na proposta inicial, “como válvula de segurança”.

“O (prazo) 2037 é da exclusiva responsabilidade de José Luís Arnaut [presidente da ANA]. O nosso ‘timing’ é 2034-2035. Nós temos esta discussão. José Luís Arnaut fez aqui o exercício de contar todos os prazos, mas se a Ana se adiantar aos prazos, ficaríamos profundamente reconhecidos e seria um sinal que a Ana está profundamente comprometida nesta parceria com o Estado de Portugal”, afirmou Hugo Espírito Santo.

Governante e chairman da gestora dos aeroportos nacionais falavam no 50.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em Macau.

“Portanto, nada os impede de acelerar o prazo e nós do nosso lado faremos o que pudermos“, sublinhou o governante, respondendo a uma questão do presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, que quis saber se era possível projetar todas as obras de acessibilidades e infraestrutura “ao mesmo tempo até 2037, de maneira a que o aeroporto aconteça”.

Antes, o responsável da ANA tinha sublinhado que o processo é longo, lembrando que há um conjunto de requisitos legais, de procedimentos, de legislação europeia e nacional até se entrar na fase de construção.

“A posição do meu acionista e a minha enquanto presidente é ‘está decidido [Alcochete], vamos antecipar, vamos acelerar, e vamos ter Alcochete a funcionar o mais depressa possível’. Porque isso é o interesse do país”, afirmou José Luís Arnaut.

Instado pelo presidente da APAVT várias vezes para definir uma data provável, o chairman da ANA disse não se querer comprometer.

No entanto, voltou a acrescentar que “há uma vontade muito grande”, até porque o interesse da ANA “é igual ao Governo e do setor do turismo”, de “tentar encurtar o mais possível os passos que podem ser encurtados (…) de forma a começar a obra o mais depressa possível”.

José Luís Arnaut lembrou que em causa está um futuro aeroporto que vai ser cinco vezes o aeroporto Humberto Delgado.

“A nossa vontade é que seja antes [de 2036]. Mas vamos ver o projeto final, vamos ver o que é que as empresas de construção vão fazer (…) Gostava que fosse em 2035, mas vamos ver… em 2035, 2036. (…) Estamos a falar do cenário idílico”, reforçou.

“O prazo que está na nossa proposta até é 2037 – por uma razão simples, porque era preciso ter aqui algumas válvulas de segurança -, mas estamos a trabalhar com o Governo para reduzir os prazos”, nomeadamente trabalhos que podem avançar sem ter que esperar por outros, explicou.

“Essa coordenação está a ser feita pelo interesse nacional, que é comum”, garantiu José Luís Arnaut.

O 50.º Congresso Nacional da APAVT, que decorre até dia 04, conta com mais de 1.000 congressistas, em Macau.

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