Presidenciais. Catarina Martins acredita que “até o rato Mickey” ganha na segunda volta à extrema-direita

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2025

Catarina Martins tem "a certeza" que se não houvesse candidaturas à esquerda, o país estava "a discutir burcas em vez de discutir o pacote laboral".

A candidata presidencial Catarina Martins disse esta terça-feira, em Gondomar, ter a certeza absoluta que Portugal não é um país de fascistas e que até o rato Mickey, na segunda volta, ganha contra quem tiver essas ideias. “Em primeiro lugar, eu tenho a certeza absoluta que este país não é um país de fascistas e que até o rato Mickey, numa segunda volta, ganha contra quem tiver essas ideias”, disse.

Catarina Martins fez estas afirmações durante o debate organizado pela Frente Cívica sobre “O papel do Presidente da República no combate à corrupção”, quando questionada sobre a prevalência dos valores do Estado de Direito Democrático.

E dirigindo-se à plateia, acrescentou, “não creio que estejamos num momento em que isso esteja em causa, porque estou convencida de que nós que estamos aqui, que temos ideias, em que todos são diferentes, também votávamos alegremente no rato Mickey, se essa possibilidade se nos colocasse. Posto isto, o problema é que não é com jogos eleitorais, nem com calculismos, que nós combatemos as ideias que estão a aumentar na nossa sociedade”.

Catarina Martins prosseguiu o raciocínio acrescentando que “a ideia de que é tudo aritmética eleitoral e de que é melhor determinadas pessoas não se apresentarem, porque isso pode concentrar votos em não sei quem, é muito distante da vida das pessoas”.

“Eu tenho a certeza que se não houvesse candidaturas à Esquerda, e eu modestamente acho que tenho feito a minha parte, nós estávamos a discutir burcas em vez de discutir o pacote laboral. E se nós passássemos a campanha a discutir burcas em vez de discutir o pacote laboral, então aí sim o nosso país iria por uma rampa deslizante que eu não sei onde é que acabava”, enfatizou a candidata.

Catarina Martins disse “que muitas vezes esta ideia de que há uma qualquer moderação num centro de regime que não tem dado resposta às pessoas “e que todos “têm de aceitar como sendo o menos mau face a outro perigo, na verdade só tem aberto o caminho a outro perigo”.

“Por muitos jogos eleitorais que a gente tenha, por muito taticismo que haja de última hora, essas ideias só crescem. Acho, aliás, que infelizmente o resto da Europa tem-nos dado provas que assim é. Nós estamos agora a aprender a lidar com o fenómeno e estou a tentar um caminho diferente”, acrescentou.

Catarina Martins concluiu, sobre o tema da escalada da extrema-direita em Portugal que há “caminho novo do que tem acontecido no resto da Europa que não está a resultar”, sublinhando que “o caminho é mesmo ir à luta”.

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