MAIO Legal: Depois da integração da SMCA, a aposta em novas áreas

Luís Morais Cardoso, sócio da MAIO Legal, contou todos os pormenores sobre a integração da SMCA. No futuro a firma pretende apostar nas áreas de financeiro e energia, e reforçar as áreas de fiscal.

Fundada em 2011, a MAIO Legal integrou recentemente na sua estrutura a firma SMCA – Sousa Pinto, Morais Cardoso & Associados, um passo que permite uma consolidação no território português. Com escritórios em Espanha – Madrid, Sevilha, Vigo, Saragoça -, a firma tem apostado na internacionalização tendo aberto um escritório na Cidade do México em 2014, de Queretaro em 2016, o China Desk em 2019, o Italian Desk em 2022 e agora os escritórios de Lisboa e Porto.

“A abertura dos escritórios de Lisboa e Porto constitui, diria, o passo natural dessa internacionalização, atendendo à crescente interligação das economias espanhola e portuguesa, ao número crescente de investimentos espanhóis em Portugal, mas também de investimentos portugueses em Espanha”, explicou à Advocatus Luís Morais Cardoso, sócio da MAIO Legal.

Com um escritório em Lisboa – liderado pelos advogados Luís Morais Cardoso e Paulo de Sousa Pinto – e outro no Porto – liderado pelo advogado Sebastião de Sousa Pinto -, o sócio considera que as diferenças que tradicionalmente existiam entre ambos os mercados vão-se “esbatendo” cada vez mais. “O norte do país e o Porto em particular tem crescido muitíssimo nos últimos anos, revelando uma estrutura empresarial dinâmica, competitiva e sobretudo muito resistente, recolhendo muito investimento nacional e estrangeiro”, sublinha.

Luís Morais Cardoso, sócio da MAIO LegalHugo Amaral/ECO

Os escritórios portugueses trabalham em estreita colaboração desde 2012 e, segundo Luís Morais Cardoso, a advocacia que praticam hoje em dia é semelhante. “Ainda que estejamos atentos às singularidades dos respetivos mercados e à exigência de um tratamento personalizado de cada cliente e uma atenção profunda às suas necessidades específicas, a nossa grande preocupação é, sobretudo, prestar o mesmo serviço de excelência a qualquer dos nossos clientes, quer os mesmos estejam em Lisboa, no Porto, em Madrid, em Sevilha, na Cidade do México”, acrescentou.

Sobre a integração da SMCA na MAIO Legal, o sócio sublinha que o objetivo é poder continuar a proporcionar aos clientes um “acompanhamento jurídico de excelência, muito próximo, com profundo conhecimento das realidades jurídicas das jurisdições portuguesa, espanhola e mexicana sempre que os mesmos pretendam avançar para estes mercados”.

Confiante que esta nova aposta vai permitir um crescimento da sociedade, Luís Morais Cardoso garante que a MAIO Legal tem vindo a crescer de forma “muito significativa” desde 2011, tanto em relação ao número de escritórios e países onde está presente, como em relação número de clientes, colaboradores e faturação.

Ainda durante o ano de 2022 é expectável a abertura de novos escritórios da MAIO Legal em Espanha. No caso de Portugal estamos muito otimistas e confiantes e as nossas projeções apontam para um crescimento muito significativo, mas sempre de forma sustentada”, acrescentou.

Aposta nas áreas de financeiro e energia

Confiança, ética, competência, independência e responsabilidade. São estes os cinco principais valores que regem a MAIO Legal, em particular os escritórios portugueses. Para Luís Morais Cardoso, sem estes princípios nenhuma sociedade de advogados conseguirá “afirmar-se de forma estável”.

“Tendo presentes estes valores, que consideramos basilares, a nossa missão é prestar o melhor serviço jurídico possível aos nossos clientes, estando atento às suas necessidades, e providenciando as soluções mais eficazes, reais e práticas”, assegurou o sócio.

Luís Morais Cardoso, sócio da MAIO Legal.Hugo Amaral/ECO

À Advocatus, Luís Morais Cardoso refere que os objetivos traçados estão a ser cumpridos, sendo o principal a internacionalização através da integração na MAIO Legal.

“Aquando da fusão ocorrida em 2018 entre as sociedade Sebastião de Sousa Pinto & Associados, do Porto, e SMCA, de Lisboa, visámos, por um lado, aumentar a nossa presença no território nacional, ganhar massa crítica, e otimizar recursos complementando as especialidades de ambos os escritórios. Por outro lado colocamos também como objetivo a breve prazo a nossa internacionalização por forma a acompanhar o movimento de muitos dos nossos clientes que pretendiam investir noutros mercados”, explicou.

Com o foco na internacionalização, iniciaram negociações com a MAIO Legal, tendo existido desde o início uma grande identificação entre as partes. Desde na cultura dos escritórios, na forma como veem a advocacia, como querem trabalhar, mas também na ambição e projeto que desejavam.

“A decisão de integrar a MAIO Legal resultou assim de um processo longo e muito ponderado. Ao dia de hoje posso dizer que os objetivos têm sido cumpridos, e atendendo a este mercado tão competitivo como é o da advocacia, só podemos estar satisfeitos com o que conseguimos até aqui. Claro que, como somos ambiciosos, assim que cumprimos um objetivo estabelecemos novas metas. Por isso temos sempre novos objetivos a cumprir”, garante o sócio.

Com 12 profissionais a compor a MAIO Legal Portugal, o escritório define-se no mercado da advocacia como “competente, confiável, responsável e ambiciosa”. “São quatro simples palavras, mas o seu significado é imenso. Repare que um advogado que não seja competente, confiável, ou responsável pode destruir aquilo que levou anos (ou décadas) a construir por uma sociedade de advogados. Um advogado que não seja competente, confiável e responsável nunca poderá prestar um bom serviço ao cliente”, explicou.

A ambição é outra característica fundamental apontada pelo sócio, sendo esta que os levam a querer ser “melhores”, a “crescer”, a “aprender sempre mais” e a “prestar cada dia um melhor serviço ao cliente”. “Uma sociedade sem ambição está fadada ao fracasso”, acrescenta.

A firma presta assessoria nas áreas de direito societário, fiscal, laboral, imobiliário, contencioso e público, tendo os escritórios de Lisboa e Porto assistido a um crescimento considerável nas áreas do imobiliário, laboral e societário. “Crescemos, igualmente, noutras áreas, como por exemplo, na fiscalidade e no contencioso, mas as primeiras têm vindo a crescer de forma mais exponencial. Isto deve-se naturalmente ao forte investimento estrangeiro a que Portugal tem assistido nos últimos anos”, notou o advogado.

No futuro a MAIO Legal pretende apostar nas áreas de financeiro e energia, e reforçar ainda as áreas de fiscal e de ambiente. “O nosso objetivo passa por integrarmos todas as áreas do direito, apostando cada vez mais num escritório multidisciplinar”, sublinhou.

“Temos que saber enfrentar as ‘dores de crescimento'”

Luís Morais Cardoso avançou que os próximos passos do escritório são crescer de forma sustentada, contratar de forma muito criteriosa à medida que vão crescendo em número de clientes e apostar em áreas que ainda não implementaram.

“Para termos uma boa implementação no mercado, é essencial mantermos os níveis de exigência com que sempre nos pautámos na seleção dos advogados que integram a nossa sociedade”, acrescentou.

Luís Morais Cardoso, sócio da MAIO Legal.Hugo Amaral/ECO

Nos próximos anos, o sócio acredita que irá haver um crescimento ainda maior do número de escritórios da MAIO Legal, do número dos colaboradores, clientes e faturação e à entrada em novos mercados, sempre que as necessidades dos clientes o exijam.

Temos vários desafios pela frente. Diria que a nossa grande preocupação, para a qual todos os nossos advogados estão absolutamente cientes, é que o crescimento da sociedade não pode pôr em causa, de forma alguma, aquilo que nos tem diferenciado ao longo dos anos, isto é, a resposta personalizada, célere, competente e objetiva às questões e preocupações dos nossos clientes, fornecendo as melhores e mais adequadas soluções jurídicas às preocupações concretas dos nossos clientes. Disso não abdicaremos nunca, pelo que temos que saber enfrentar e ultrapassar as chamadas ‘dores de crescimento’”, concluiu.

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