Itália aumenta imposto sobre energéticas para financiar apoios à economia
O primeiro-ministro italiano anunciou um pacote de apoio económico de 14 mil milhões de euros para ajudar o país a resistir às consequências da guerra na Ucrânia e à escalada de preços.
O Governo italiano anunciou um pacote de apoio económico no valor de 14 mil milhões de euros para ajudar famílias, empresas e projetos de investimento vulneráveis a fazer face à subida dos preços das matérias-primas. Para financiar esta ajuda económica, irá aumentar o imposto sobre os lucros excessivos das empresas de energia, noticia o Financial Times (acesso pago conteúdo em inglês).
As medidas deste novo pacote incluem um pagamento único de 200 euros em dinheiro para os italianos que vivem com baixos rendimentos ou pensões, subsídios ao preço da energia para famílias vulneráveis, créditos fiscais para empresas para enfrentarem elevados custos energéticos e fundos adicionais para os governos locais.
O Executivo liderado por Mario Draghi vai também gastar sete mil milhões de euros nos próximos anos para compensar o aumento acentuado do preço dos materiais de construção, combustível e energia.
Por ter capacidade limitada para contrair empréstimos adicionais, dado o elevado nível de endividamento da economia, o Governo italiano financiará estas medidas de apoio através do aumento para 25% do imposto sobre os lucros inesperados das empresas de energia, um agravamento de 15 pontos percentuais face à taxa anunciada quando o imposto foi criado em março.
Nessa altura, Draghi disse que esperava angariar 4,4 mil milhões de euros através do imposto entre outubro de 2021 e março deste ano, mas com o aumento da taxa para 25%, a projeção de receitas deverá aumentar para cerca de dez mil milhões de euros este ano.
“As medidas de hoje abordam sobretudo o problema do custo de vida, que está a prejudicar a maioria dos nossos cidadãos”, disse Draghi, na conferência de imprensa na noite de segunda-feira, na qual revelou o plano de apoios económicos. “A determinação do Governo em apoiar a economia, as famílias e as empresas continua a ser intensa, determinada e decisiva”, sublinhou.
Este pacote de ajuda financeira foi anunciado poucos dias após ser divulgado que o Produto Interno Bruto (PIB) italiano diminuiu 0,2% nos primeiros três meses do ano, devido aos impactos da invasão russa da Ucrânia, mas também da pandemia.
Além das medidas anunciadas, o Executivo do antigo presidente do Banco Central Europeu revelou que irá simplificar o processo de aprovação de investimentos em energias renováveis para ajudar a reduzir a dependência de Itália do gás russo, responsável por 40% das suas importações de gás.
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