No início de 2022, Portugal atraiu 2,2 mil milhões de euros de investimento estrangeiro, diz Costa Silva

O ministro da Economia destaca o dinamismo do investimento estrangeiro e admite que este ano podemos ter um comportamento da economia mais robusto do que o esperado.

O ministro da Economia e Mar adiantou que “só nos dois primeiros meses deste ano, conseguimos atrair em saldo líquido 2,2 mil milhões de euros” de investimento estrangeiro. Tal “corresponde a um terço do que tinha acontecido em 2021, quando batemos recorde de atração de investimento estrangeiro”, aponta.

No balanço agregado “notamos dinamismo em vários setores da economia nacional, um dos aspetos mais relevante é a capacidade de atração investimento direto externo”, disse Costa Silva, na audição no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2022. “Só nos dois primeiros meses deste ano, conseguimos atrair em saldo líquido 2,2 mil milhões de euros”, salientou.

Este montante está assim a aproximar-se daquele registado em 2021, quando a AICEP captou 2,7 mil milhões de euros em investimento estrangeiro direto em Portugal.

Perante estes números, o ministro aponta que “apesar das grandes dificuldades que empresas passam e com as quais a economia está a confrontar-se, temos sinais de alguma esperança de que podemos dar a volta”. Existem também “sinais mais relevantes” no primeiro trimestre, quando “tivemos crescimento do PIB na ordem dos 11,9%” em termos homólogos, o que tem “muito a ver com o aumento do consumo privado e da procura externa liquida, em particular do turismo e serviços”.

O crescimento em cadeia será uma melhor métrica, ao não ter um efeito base como a comparação homóloga, e mesmo assim foi de 2,6%. “Se nos próximos trimestres conseguirmos suster crescimento, este ano podemos ter comportamento da economia mais robusto do que tínhamos pensado”, admite mesmo o ministro.

Após a intervenção do ministro no Parlamento, o deputado do PSD Joaquim Miranda Sarmento confrontou-o com a altura em que disse, quando era CEO da Partex, que não valia a pena investir em Portugal. Costa Silva admitiu que disse isso na altura, referindo-se especificamente ao setor, porque encontrou “imensos obstáculos regulatórios”. “Era o projeto do gás do Algarve”, recordou, apontando que “no offshore do Algarve temos reservas superiores às que a Repsol explorou em Espanha e por um conjunto de regulamentações, de reações não foi possível”.

“Estava certo nisso, se o país tivesse avançado com projeto, hoje estava a produzir gás”, assumiu o ministro, que afiançou também que “vivemos num país em que muitas vezes as decisões que se tomam é o denominador comum de muitos interesses que estão envolvidos“. Ainda assim, disse estar disponível para falar com as empresas e resolver os problemas.

(Notícia atualizada às 17h20)

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