“Sistema energético está a viver um momento de aflição”, avisa líder da Galp em Davos

Num debate no Fórum Económico de Davos, o líder da empresa energética portuguesa assinalou ainda que o carvão está a ser usado para compensar a diminuição do fornecimento de gás da Rússia.

A crise da energia está a dar a volta ao combate às alterações climáticas. No curto prazo, o líder da Galp, Andy Brown, antecipa uma subida das emissões de dióxido de carbono (CO2) por causa do uso do carvão como forma de compensar a diminuição do fornecimento de gás russo. A aposta nas energias renováveis servirá sobretudo como incentivo de longo prazo, referiu o executivo num debate desta terça-feira no Fórum Económico de Davos.

O fornecimento de gás tem sido claramente reduzido para a Europa e a China. Isto significa que é usado mais carvão” para compensar, referiu Andy Brown durante o painel sobre o futuro do sistema energético.

O líder recordou que a Europa “vai levar anos a conseguir viver sem o gás fornecido pela Rússia” e que a oferta de energia será inferior à habitual. “O sistema energético está a viver um momento de aflição“, avisou Andy Brown.

A menor dependência do gás, por outro lado, “é um incentivo para apostar nas energias renováveis” no longo prazo, acrescentou o responsável. Mas um novo sistema energético “não será isento de provocar pegada ambiental”, embora em menor dimensão do que atualmente.

Tendo isso em conta, Andy Brown chamou a atenção para a necessidade de mudanças no sistema energético, em que as refinarias de lítio contribuem para alimentar a mobilidade elétrica. Nesta área, a empresa está a desenvolver um projeto com os suecos da Northvolt. Portugueses e suecos pretendem construir ma refinaria de lítio em Setúbal.

O presidente executivo da Galp lembrou ainda o compromisso de investir metade do orçamento em energias renováveis e no hidrogénio – enquanto os outros 50% servem para as apostas no petróleo e no gás. A mesma estratégia, diz Andy Brown, é seguida pelas concorrentes internacionais Shell e BP.

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