BCE anima bolsas e Lisboa põe fim a cinco sessões negativas
Banco central anunciou medidas para travar escalada dos juros da dívida soberana. Bolsas fecharam sessão em alta e Lisboa voltou a sorrir depois de cinco sessões em queda.
A bolsa de Lisboa colocou um ponto final a cinco sessões negativas e acompanhou os ganhos nas principais praças europeias, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado medidas para travar a escalada dos juros da dívida pública da periferia da Zona Euro.
O PSI subiu 0,42% para 6.012,15 pontos, com o BCP a somar 2,81% para 0,1717 euros, depois de a Moody’s ter colocado o banco num patamar de “investment grade”. Mais nove cotadas nacionais encerraram a sessão em terreno positivo, incluindo os pesos pesados EDP Renováveis (+0,74%), EDP (+0,71%) e Jerónimo Martins (+0,11%).
O índice de referência europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,5% com o setor da banca europeia a destacar-se pela positiva: os bancos italianos Intesa Sanpaolo e Unicredit dispararam mais de 4%, o alemão Commerzbank avançou 3,7%. As praças de Frankfurt, Paris e Madrid encerram com ganhos de mais de 1%.
Preocupado com a recente subida das yields da periferia, o BCE reuniu-se de emergência e, após mais de duas horas de encontro, anunciou que vai avançar com os reinvestimentos dos títulos adquiridos no âmbito do programa de compras de emergência pandémica (PEPP) e que está a preparar a criação daquilo que apelidou de ferramenta anti-fragmentação para acalmar os mercados.
Em reação a estas decisões, os juros da dívida da Zona Euro caíram de forma expressiva, com Itália, Espanha e Portugal a liderarem as quedas entre os 20 pontos base e os 35 pontos base e a apertarem os diferenciais em relação à Alemanha.
“A reunião de emergência do BCE veio animar os investidores, em especial porque o banco central admitiu a possibilidade de compra de títulos de dívida em caso de cenários de stress. O efeito fez-se sentir na descida das yields de dívida soberana. O índice italiano foi o mais animado”, referem os analistas da sala de mercados do BCP.
Para esta quarta-feira está ainda agendada a decisão da Reserva Federal norte-americana, que deverá anunciar uma subida entre 50 pontos base e 75 pontos base das taxas diretoras.
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