Portugal avança quatro compromissos para os oceanos. E quer repetir evento paralelo à Conferência da ONU para o ano

O Governo português tem como objetivo de duplicar o número de startups na área dos oceanos, bem como o número de projetos apoiados por fundos públicos.

O primeiro-ministro português, António Costa, avançou quatro compromissos de Portugal no âmbito dos oceanos, anunciados no palco da conferência das Nações Unidas que a capital recebe esta semana. O chefe do Executivo português quer repetir já para o ano um dos eventos paralelos à conferência, com o objetivo de continuar a promover a economia azul.

O Governo português comprometeu-se a colocar a economia azul como um “elemento central da estratégia de desenvolvimento do país”. Para tal, vai ser operacionalizado o chamado campus do mar, com o objetivo de duplicar o número de startups nesta área, bem como o número de projetos apoiados por fundos públicos, diz Costa.

Neste capítulo, Costa afirma que o Fórum de Investimento na Economia Azul Sustentável, que se realiza esta terça-feira deverá ter uma segunda edição no próximo ano, tendo em conta que o número de inscrições excedeu largamente a capacidade.

Portugal compromete-se também a assegurar que 100% do espaço oceânico da sua soberania seja avaliado em bom estado ambiental, almejando que, até 2030, 30% das áreas marinhas sejam classificadas e que a totalidade dos stocks pesqueiros se mantenham dentro dos limites biológicos considerados sustentáveis.

Em terceiro lugar, Costa afirma que é urgente reconhecer o oceano como principal sumidouro de carbono e fonte de descarbonização e autonomia energética, pelo que se compromete a apostar na produção de energias renováveis oceânicas, com vista a atingir 10 gigawatts (GW) de capacidade até 2030, ao mesmo tempo que quer criar, em parceria com agência europeia para a segurança marítima, uma zona piloto de emissões controladas no mar português.

Por fim, apontando que o conhecimento científico “tem de estar no centro da ação”, o primeiro-ministro pretende que seja criado um gabinete no âmbito das Nações Unidas para as ciências do oceano e desenvolvimento sustentável. Paralelamente, quer continuar a investir na colaboração científica com “casa” nos Açores, onde é levada a cabo investigação sobre o espaço, atmosfera, oceanos, clima e energia.

Numa visão além das fronteiras do país, António Costa espera que a conferência sirva para decisões concretas, como o acordo global para o combate à poluição por plásticos e lixo marinho ou a meta internacional de proteção de 30% do meio marinho.

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