Sérgio Monteiro reduz salário para 5 mil euros brutos
Sérgio Monteiro passou, no início do mês, a consultor técnico externo do Banco de Portugal. Salário? Cinco mil euros brutos por mês, cerca de 20% do salário que tinha.
Sérgio Monteiro deixou de ser o coordenador do processo de venda do Novo Banco e passou a consultor externo do Banco de Portugal, função pela qual vai ter um salário bruto de cinco mil euros por mês, apurou o ECO junto de fonte que conhece o novo contrato do gestor. Ou seja, cerca de 20% do salário que recebeu até ao fim de fevereiro.
O gestor foi contratado em novembro de 2015 pelo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, para liderar as negociações com os candidatos à compra do Novo Banco por um período de 12 meses, com um salário de 25,4 mil euros brutos por mês. Em novembro de 2016, quando ainda corriam negociações com três candidatos à compra, o contrato foi prolongado por seis meses, mas dividido: três meses, até janeiro, e posteriormente, uma renovação mensal até ao limite de mais três meses. O gestor poderia manter-se por mais dois meses, até ao final de abril, a ideia, claro, foi ajustar a duração do contrato à própria negociação.
No dia 4 de janeiro, o Banco de Portugal anunciou ao mercado que o Lone Star tinha a proposta mais competitiva pelo Novo Banco. As negociações continuaram no Banco de Portugal e, por isso, no final de janeiro, o Banco de Portugal renovou o contrato por mais um mês. Já no dia 17 de fevereiro, o Banco de Portugal propôs ao governo uma negociação exclusiva com o fundo Lone Star e, por isso, as discussões passaram a ser ‘dominadas’ pelo governo e, particularmente, por Mário Centeno e pelo secretário de Estado Mourinho Félix, com as autoridades europeias.
Agora, nestas novas funções, que deverá manter até ao closing da operação de venda do Novo Banco, o papel de Sérgio Monteiro será de consultor técnico externo, e decorre da pressão do Banco de Portugal e das instâncias europeias, especialmente do BCE. É que as negociações ainda decorrem, quer no BCE, quer junto da Comissão Europeia.
Contactado pelo ECO, Sérgio Monteiro e o Banco de Portugal escusaram-se a fazer quaisquer comentários.
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