Portugal “completamente contra” corte de 15% do gás proposto por Bruxelas

  • ECO
  • 20 Julho 2022

Depois do espanhol, também o Governo português assume que a proposta da Comissão Europeia é "insustentável".

O Secretário de Estado do Ambiente e da Energia assumiu, em declarações ao Expresso, que Portugal está “completamente contra” a proposta apresentada esta quarta-feira pela Comissão Europeia. João Galamba diz ainda que o corte de 15% no consumo de gás entre agosto de 2022 e março de 2023, proposto por Bruxelas, “era insustentável” porque obrigava o País a ficar “sem eletricidade”.

A posição portuguesa surge após Espanha também ter recusado a acolher a imposição da instituição comunitária. “Não nos podem pedir um sacrifício sobre o qual nem sequer nos pediram opinião”, reagiu vice-presidente espanhola e ministra da Transição Ecológica, Teresa Ribera, de acordo com El Confidencial. Ribera garantiu que não existirão cortes “nem de luz nem de gás” para as famílias ou indústria e defendeu que Espanha “fez o trabalho de casa” no que diz respeito à transição energética, “pagando mais que os restantes”.

Galamba indica ainda ao jornal que Bruxelas não teve em conta as especificidades ibéricas, uma vez que seca obrigou ao aumento do consumo de gás na eletricidade. Ao mesmo tempo, a Península ibérica continua uma ‘ilha’ energética face ao resto da União Europeia, com as infraestruturas de fornecimento energético muito diferente dos outros Estados.

Os Estados-membros têm até ao final de setembro para atualizar os seus planos nacionais de emergência, onde deverão contemplar o respetivo plano para atingir a meta de redução de 15%, tendo a obrigação de reportar à Comissão Europeia a cada dois meses, anunciou esta quarta-feira a Comissão Europeia.

O plano de ação tem o objetivo de reduzir a procura de gás, mas não fica por aí. Também é necessário ativar a solidariedade entre Estados membros, explicou von der Leyen. Isto significa que os Estados membros deverão estar preparados para partilhar as suas reservas com os restantes em caso de emergência severa.

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