80% dos contratos na Ericsson Portugal já preveem teletrabalho
Ericsson Portugal permitiu aos trabalhadores em funções compatíveis a escolha do regime de trabalho. Mais de 200, ou cerca de 80%, optaram por assinar acordos de teletrabalho com a empresa.
Cerca de 80% dos contratos na Ericsson Portugal já preveem o teletrabalho, abrangendo mais de duas centenas de pessoas, estando a maioria dos funcionários a trabalhar num regime híbrido, revelou a presidente executiva, Sofia Vaz Pires. A companhia sueca está “a considerar” o pagamento de um subsídio para cobrir as despesas dos trabalhadores em casa.
A empresa, que fabrica equipamentos para redes de telecomunicações, implementou a chamada “lei do teletrabalho” no início do ano, depois de as alterações à legislação laboral terem sido aprovadas pelo Parlamento e entrado em vigor em janeiro.
Neste contexto, durante o primeiro trimestre, a Ericsson “levantou junto dos colaboradores a possibilidade de requererem o regime de teletrabalho, total ou parcial, caso o tipo de atividade e a natureza da função assim o permitissem”, explicou fonte oficial. “Dos 250 colaboradores, mais de 200 já assinaram um acordo de teletrabalho (cerca de 80%)”, acrescentou. Acordos que entraram em vigor de imediato, após a assinatura.
A Ericsson emprega 250 pessoas em Portugal. Tem mais 100 trabalhadores “externalizados”, segundo dados facultados pelo grupo sueco.
Ericsson”a considerar” subsídio para despesas em teletrabalho
“É bom ver que é essa a tendência e uma das coisas que vemos aqui é que o local de trabalho é um ponto de encontro”, disse Sofia Vaz Pires, em entrevista ao ECO/Pessoas. A empresa está “a considerar” o pagamento de um subsídio para cobrir as despesas dos trabalhadores em casa, disse a responsável, que não quis avançar qual é o valor.
“Vivemos numa pandemia, somos uma empresa tecnológica, somos flexíveis — sempre fomos — no sentido de dar sempre primazia ao lado pessoal da pessoa. Já fazia parte do ADN da Ericsson, da forma de trabalhar, ter um modelo flexível. Durante a pandemia estivemos em casa. Mas, mesmo agora, é bom ver que esse modelo, que já tínhamos antes, faz todo o sentido. Não há nenhum regime que obrigue as pessoas a estar ‘X’ dias no escritório”, continuou a executiva, que acaba de assinalar um ano no cargo.
Agora, com o 5G, estamos a ver um boom [fase especialmente favorável]. Temos de perceber como é que aterramos, para perceber em que áreas adicionais é que podemos investir.”
A gestora recordou que “o mercado das telecomunicações também tem sido muito estável” e garantiu que a empresa não avançou com despedimentos desde o início da guerra na Ucrânia. Questionada sobre se a empresa abrandou o ritmo de contratações, a CEO da Ericsson Portugal respondeu: “Agora, com o 5G, estamos a ver um boom [fase especialmente favorável]. Temos de perceber como é que aterramos, para perceber em que áreas adicionais é que podemos investir.” Todavia, “isso é sempre positivo, estar nessa fase do mercado”, atirou.
Quanto a possíveis aumentos salariais para tentar compensar o aumento do custo de vida causado pela inflação, a Ericsson segue “um processo muito bem definido”, com “métricas e matrizes”, indicou Sofia Vaz Pires. E, comentando o apelo do primeiro-ministro a que o salário médio em Portugal suba 20% até 2026, a responsável disse: “Para ser possível, tem de haver todo um ecossistema favorável a investimento e inovação. Senão ficamos um bocado limitados.”
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