33,6 anos: Portugal é o país da UE onde se sai mais tarde de casa dos pais
Em 2021, os portugueses ficaram no agregado familiar mais 14,6 anos do que os jovens na Suécia, país da UE onde se sai mais cedo da casa do pais. A média da UE fixa-se nos 26,5 anos.
Portugal é agora o país da União Europeia (UE) onde os jovens saem mais tarde da casa dos pais. Em média, em 2021, os jovens portugueses deixaram os pais aos 33,6 anos. Ou seja, ficaram no lar dos seus pais mais 14,6 anos do que um jovem na Suécia, país da UE onde os jovens saem da casa do pais mais cedo. Em toda a UE, a média fixa-se nos 26,5 anos, revelam esta quinta-feira os dados do Eurostat.
A média varia bastante entre os diferentes Estados-membros. Se em Portugal, Croácia, Grécia e Bulgária os jovens ficam na casa dos pais até, pelo menos, os 30 anos (33,6; 33,3; 30,9; e 30,3 anos, respetivamente), na Suécia, Finlândia, Dinamarca e Estónia são os países onde os jovens abandonam a casa dos pais mais cedo, ainda perto dos 20 anos, com, respetivamente, 19; 21,2; 21,3; e 22,7 anos.
“Na maioria dos países do norte e oeste, os jovens deixaram a casa dos pais, em média, entre o início e meados dos anos vinte, enquanto nos países do sul e leste, a idade média foi no final dos vinte ou início dos trinta anos”, analisa o Eurostat.
Homens demoram quase mais dois anos a sair
Há também algumas diferenças ao nível do género. Em média, os homens deixam a casa dos pais mais tarde (27,4 anos) do que as mulheres (25,5 anos). Esta é uma tendência observada em todos os países da UE.
Em 11 países da UE, os homens deixaram a casa dos seus pais após os 30 anos (Croácia, Portugal, Eslováquia, Bulgária, Grécia, Eslovénia, Itália, Malta, Espanha, Roménia e Polónia). Apenas em dois países esse foi também o caso das mulheres (Portugal e Croácia).
Em terras lusitanas, enquanto os homens abandonaram o lar dos seus pais aos 34,4 anos, as mulheres saíram aos 32,7 anos. Uma diferença que não é, contudo, das mais acentuadas. A maior diferença, por sua vez, foi apurada na Roménia, onde os jovens do sexo masculino saíram aos 30,3 anos e as jovens do sexo feminino aos 25,6 anos (4,7 anos de diferença), seguindo-se a Bulgária (diferença de 3,5 anos), com os homens a saírem aos 32 anos e as mulheres aos 28,5 anos.
Suécia, Dinamarca e Irlanda registaram, pelo contrário, os fossos mais estreitos entre os jovens do sexo masculino e feminino que deixam a casa dos pais: 0,4, 0,5 e 0,9 anos, respetivamente.
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