Pleez levanta dois milhões. Quer duplicar equipa e consolidar mercado ibérico
Com esta nova ronda, eleva-se para quatro milhões o valor levantado pela startup fundada em maio de 2020.
A Pleez levantou dois milhões de euros de investimento. A ronda, liderada pela sociedade portuguesa de capital de risco Lince Capital, vai permitir à startup, que oferece serviços de otimização de vendas para restaurantes nas plataformas de entrega, duplicar a equipa para 60 pessoas e consolidar presença no mercado ibérico.
“Estamos muito felizes e é um orgulho trazer a bordo a Lince Capital, o primeiro grupo de investimento português a juntar-se a nós. Expectantes com o futuro, estamos certos que esta nova ronda de investimento nos ajudará no processo de internacionalização, com o intuito de ajudar todos os players da indústria da restauração a tomar decisões mais informadas em relação aos seus negócios”, diz Afonso Pinheiro, cofundador da Pleez, citado em comunicado. O empreendedor foi finalista na edição deste ano do Prémio João Vasconcelos atribuído pela Startup Lisboa.
Com esta nova ronda, liderada pela Lince Capital, com a participação dos fundos alemães Atlantic Food Labs e Axel Springer Porsche, ambos já investidores da Pleez, eleva-se para quatro milhões o valor de capital levantado pela startup que, em menos de seis meses, já geriu mais de 72.000 pedidos na plataforma e tem permitido aos restaurantes aderentes aumentar as suas vendas em cerca de 15%, segundo dados partilhados pela companhia.
“Não esquecendo que em apenas um ano, temos uma carteira com mais de 300 clientes, abrimos em Madrid, fundamos o 1.º Food Tech Hub em Portugal juntamente com outra empresa da área, lançámos o nosso Dashboard e passamos de uma equipa de 5 para mais de 30 colaboradores”, explica Vasco Sampaio, cofundador da Pleez, no mesmo comunicado.
Objetivos da ronda
O objetivo passa agora com esta injeção de capital por duplicar a equipa para 60 elementos. “Data, Tech, Project Manager, Quality Assurance, Operations, Account Managers, Business Developers, Finance e Special Projects, são algumas das áreas que iremos explorar”, refere Afonso Pinheiro à Pessoas, quando questionada sobre quais os perfis que procuram para reforçar a startup nesta nova fase.
Os novos colaboradores juntar-se-ão à startup que tem implementado um modelo híbrido de trabalho. “Uma das grandes vantagens de gestão interna da equipa é a flexibilidade no modelo de trabalho. Neste momento, tanto em Espanha como em Portugal, estamos a praticar o modelo híbrido, sendo que temos também membros da equipa fully remote”, adianta o cofundador.
O novo capital irá também permitir à startup reforçar presença no mercado ibérico. “Já temos escritório em Espanha desde maio. Este cimentar presença no mercado ibérico, será mais numa ótica de angariação de clientes no mercado da restauração e, claro, se a oportunidade surgir, parcerias com organizações locais para expandir a plataforma“, clarifica Afonso Pinheiro.
Criada em maio de 2020, pouco depois de a pandemia ter levado ao fecho da restauração ou ao seu funcionamento com limitações, tendo de recorrer aos serviços de entregas das plataformas, a startup portuguesa desenvolveu uma solução tecnológica que oferece um serviço de gestão ativa dos menus dos restaurantes em plataformas de entrega, como a Glovo ou a Uber Eats.
O algoritmo da Pleez recolhe toda a informação disponível nas plataformas de entrega, tanto do próprio restaurante, como dos concorrentes, integrando dados como condições climatéricas, o dia da semana, a época do ano, “de modo a identificar quando e como é que certos itens do menu do restaurante em questão devem ser apresentados aos clientes, otimizando assim a vertente de delivery.”
Cada restaurante pode ainda “aceder aos seus dados de vendas e fazer projeções, medir o impacto das alterações dinâmicas ao menu, ou ainda receber informações de mercado relativamente a preços e promoções dos concorrentes.”
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