Exclusivo Nuno Cunha Rodrigues será o novo presidente da Autoridade da Concorrência

Nuno Filipe Abrantes Leal da Cunha Rodrigues, doutorado em Direito e atual presidente da assembleia-geral da Caixa, vai substituir Margarida Matos Rosa na presidência da Autoridade da Concorrência.

Nuno Filipe Abrantes Leal da Cunha Rodrigues é o nome da personalidade escolhida para substituir Margarida Matos Rosa na presidência da Autoridade da Concorrência (AdC), tendo já sido pedido formalmente à Assembleia da República o agendamento da audição prévia do nome indigitado para o cargo, apurou o ECO.

O Ministério da Economia já confirmou ao ECO a indigitação de Nuno Cunha Rodrigues. O requerimento para a audição parlamentar foi enviado esta quarta-feira pelo gabinete da ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, num ofício dirigido à chefe de gabinete do presidente da Assembleia da República, Maria José Ribeiro.

Nascido a 10 de fevereiro de 1973, Nuno Cunha Rodrigues é doutorado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde dá aulas. É presidente da Assembleia-Geral da Caixa Geral de Depósitos (mandato 2020-2023), tendo em 2019 entrado para o conselho de administração, ocupando na altura o lugar de Alberto Souto de Miranda, que saíra para secretário de Estado Adjunto e das Comunicações. Mas antes disso já exercia funções no banco público: era suplente do conselho fiscal, fazendo ainda parte da comissão de auditoria e da comissão do governo de sociedade da CGD.

No seu percurso profissional destaca-se a longa passagem pelo gabinete do ministro da República para a Região Autónoma da Madeira, com o cargo de adjunto, entre 2000 e 2013. Foi também membro da Comissão de Reforma da Lei de Enquadramento Orçamental e da Comissão de Revisão do Código dos Contratos Públicos.

A Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) estava a analisar há algumas semanas uma lista de candidatos enviada pelo Ministério da Economia. De acordo com a lei-quadro das entidades administrativas independentes, segue-se uma audição parlamentar prévia, que resulta num parecer não vinculativo. A lei determina que o Executivo deve tê-lo “em consideração” – e, historicamente, os nomes chumbados pelos deputados são retirados.

Até à designação final, a Autoridade da Concorrência continuará a ser comandada por Margarida Matos Rosa, cuja duração regular do mandato terminou a 28 de novembro de 2022. Os estatutos preveem que continue em funções até haver um substituto. A economista que passou pelo J.P. Morgan, BNP Paribas, Santander ou CMVM assumiu a pasta em 2016, sucedendo a Abel Mateus, Manuel Sebastião e António Ferreira Gomes.

Sob a batuta de Margarida Matos Rosa, o regulador da concorrência aplicou cerca de 1,5 mil milhões de euros em multas, um recorde absoluto na história da entidade. Grande parte do montante envolve processos abrangidos por recursos que se arrastam na Justiça.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Nuno Cunha Rodrigues será o novo presidente da Autoridade da Concorrência

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião