UE aprova décimo pacote de sanções à Rússia ainda no aniversário da guerra

Após três dias de negociações, a União Europeia (UE) chegou finalmente a acordo sobre o décimo pacote de sanções à Rússia. “Juntos, os Estados-membros da UE impuseram o mais forte e abrangente pacote de sanções de sempre para ajudar a Ucrânia a ganhar a guerra”, referiu a presidência sueca da UE através de uma publicação na rede social Twitter nesta noite.

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Reduzir em mais de 10 mil milhões de euros o comércio entre a UE e a Rússia é o principal objetivo deste novo pacote de sanções, que inclui a retirada de bancos como o Alfa-Bank e do Tinkoff do sistema internacional de pagamentos SWIFT.

A impedir um acordo estavam as divergências relativas às sanções à importação de borracha sintética. Itália pedia que as restrições a este produto fossem mais brandas, ao passo que a Polónia defendia que essas restrições não teriam um impacto significativo na economia russa. De acordo com a Reuters, a Polónia alegava que as sanções propostas pela UE às importações de borracha russa tinham várias exceções e períodos de transição longos.

A presidente da Comissão Europeia tinha garantido ao presidente da Ucrânia que o novo pacote de sanções seria aprovado esta sexta-feira, dia em que se assinala um ano desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. A 15 de fevereiro, Ursula von der Leyen revelou no Parlamento Europeu que o décimo pacote “tem um valor total de 11 mil milhões de euros” e que incluía sanções às exportações de tecnologia usada nos equipamentos militares da Rússia, bem como sanções ao Irão pelo fornecimento de drones “que estão a matar civis ucranianos”.

Em cima da mesa estiveram também sanções aos diamantes, que o ministro dos Negócios Estrangeiros português chegou a dar como certa na segunda-feira. No entanto, tudo indica que i negócio dos diamantes voltou a ficar fora deste novo pacote de sanções.

No dia em que se assinala um ano de guerra, vários países anunciaram novos apoios e sanções à Rússia. O governo da Austrália, anunciou, em comunicado, que impôs novas sanções financeiras e proibições de deslocação a 90 pessoas e 40 entidades. Já o Executivo da Nova Zelândia revelou que alterou os regulamentos relativamente às sanções para abranger 87 indivíduos da elite política e militar russa.

Ao mesmo tempo, os Estados Unidos decidiram atribuir mais dois mil milhões de dólares de ajuda militar à Ucrânia, bem como avançar com mais sanções contra mais de 200 entidades “na Europa, Ásia e Oriente Médio que estão a apoiar o esforço de guerra da Rússia” e proibir cinco grupos chineses de adquirir tecnológicas nos EUA, segundo o Financial Times.

O Banco Mundial anunciou 2,5 mil milhões de dólares de ajuda à Ucrânia, revelou a entidade ainda liderada por David Malpass, em comunicado.

(notícia atualizada às 22h)