UNA tem aumento de capital pronto a avançar. ASF tem pressa

O acionista China Tianying já disponibilizou os 40 milhões de euros para aumentar o capital do grupo UNA. Como o supervisor colocou urgência na operação, uma assembleia geral tem de acontecer já.

A China Tianying, acionista único do grupo UNA, já disponibilizou os 40 milhões de euros destinados ao aumento de capital das seguradoras, solução que a ASF, entidade de supervisão do setor, exigiu com urgência na sequência dos prejuízos registados pela UNA Seguros no ano de 2022. Como o ECO revelou em primeira mão, a UNA Seguros registou um prejuízo de 18 milhões de euros no exercício de 2022 levando a UNA Vida – que detém 100% do capital da Una Seguros – a registar uma imparidade de 3,6 milhões de euros e a apresentar um resultado de apenas dois milhões de euros pela sua atividade exclusivamente centrada no ramo de seguros de Vida.

“O acionista tem isso decidido desde o primeiro momento”, afirma Nuno David, CEO do grupo, ao ECO Seguros, adiantando que “o que não está decidido é se aguardamos pela Assembleia Geral de aprovação das contas, prevista para o próximo dia 15 de abril – ou fazemos uma AG já, unicamente para aprovar o aumento de capital”. O CEO refere que “naturalmente, a ASF prefere esta última opção”.

Com 66 milhões de euros de negócios realizados no ano passado, o montante de prejuízos é demasiado elevado para a UNA Seguros, mas Nuno David, CEO das seguradoras UNA, afastou qualquer situação de rotura de tesouraria: “A UNA não tem problemas de pagamento nem de sinistros nem de qualquer outro compromisso”, garante Nuno David.

A ASF, recorde-se, já revelou que os resultados líquidos de todas as seguradoras atingiram os 900 milhões de euros em 2022, um valor superior em 39% ao registado em 2021 e o dobro do verificado em 2020, ano da pandemia. Em rentabilidade líquida sobre o volume de prémios, o rácio subiu de 3,5% em 2021 para 7,5% no ano passado.

Fontes do mercado esperam que as seguradoras em Portugal tenham registado bons resultados na conta técnica (com exceção da UNA Seguros), onde estão os resultados operacionais e menos bons na conta não técnica, onde se contabilizam os rendimentos dos investimentos, dada a instabilidade nos mercados financeiros registado ao longo do ano passado devido a inflação crescente e consequente subida das taxas de juro.

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