Investimento de fundo da Segurança Social no Credit Suisse não correu bem, assume Costa
O investimento no banco suíço "não deu lucro. Pelo contrário. Embora no conjunto do mercado suíço a rendibilidade já obtida desde 2018 totalize 81 milhões de euros", disse Costa.
António Costa admitiu esta quarta-feira, durante o debate na Assembleia da República, que a aposta do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) no Credit Suisse não correu bem. O investimento no banco suíço “não deu lucro. Pelo contrário. Embora no conjunto do mercado suíço a rendibilidade já obtida desde 2018 totalize 81 milhões de euros”, disse.
Em resposta a uma pergunta do PSD, o primeiro-ministro avançou também que “em 2023, o fundo já teve uma valorização da carteira de ações em 120 milhões de euros”. Antes de recordar que o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) só pode investir 20% da carteira em ações, Costa adiantou que “há investimentos que rendem mais e outros que rendem menos”, como “todo o investimento em ações”.
Como o ECO noticiou esta semana, o fundo, que é a reserva da Segurança Social para o pagamento de pensões no futuro, tem uma perda potencial de quase todo o montante investido no banco suíço, adquirido no domingo pelo rival UBS, depois de uma semana de forte turbulência na banca (os 2,7 milhões de euros investidos estarão a valer pouco mais de 200 mil).
O PSD, durante o debate, insistiu várias vezes em confrontar o Governo com a exposição exata do FEFSS ao Credit Suisse. Em resposta, António Costa deu também mais dados sobre o desempenho financeiro do fundo. Segundo o governante, a rendibilidade geral do fundo foi de 50% desde 2018, o que se traduz numa valorização em absoluto de dois mil milhões de euros.
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