Portugal contraria UE e regista segunda maior subida das emissões de CO2 na produção de energia fóssil
As emissões de CO2 provenientes da produção de energia com base em combustíveis fósseis diminuíram 2,8% em 2022, em toda a UE. Em Portugal, as emissões foram as segundas mais altas do bloco.
As emissões de dióxido de carbono (CO2) provenientes da combustão de combustíveis fósseis para fins energéticos desaceleram em toda a União Europeia, em 2022. Portugal, em sentido contrário, viu estas emissões subirem, tendo sido classificado como o segundo país com maior aumento destas emissões na UE, naquele período.
De acordo com as estimativas divulgadas esta sexta-feira, pelo Eurostat, as emissões de CO2 provenientes da produção de energia com base em petróleo, produtos petrolíferos, gás natural, carvão e turfa, abrandaram 2,8% face a 2021, para um total de 2,4 gigatoneladas (Gt).
Olhando para o desempenho dos Estados-membros, o gabinete de estatística europeu indica que, em 2022, estas emissões diminuíram em 17 países do bloco europeu. A maior diminuição foi registada nos Países Baixos (-12,8%), seguida do Luxemburgo (-12%), da Bélgica (-9,7%) e da Hungria (-8,6%).
Por outro lado, a Bulgária registou o maior aumento das emissões de CO2, cerca de 12%, seguida de Portugal que viu as emissões subirem 9,9%. Em Malta, as emissões subiram mais de 4%.
Os dados mostram que a Alemanha, por si só, é responsável por um quarto das emissões totais de CO2 da UE resultantes da combustão de fósseis para fins energéticos. Já a Itália e a Polónia (cada uma com 12,4%), e a França (10,7%) vêm a seguir na lista dos maiores emissores de CO2 da UE em 2022.
As emissões de CO2 provenientes da utilização de energia são um dos principais fatores que contribuem para o aquecimento global e representam cerca de 75% de todas as emissões de gases com efeito de estufa produzidas pela humanidade na União Europeia.
As emissões de CO2 são emitidas aquando da combustão de combustíveis fósseis. Por exemplo, a utilização de gás natural importado para a produção de eletricidade conduz a um aumento das emissões no país que importou o gás. Em contrapartida, as importações de eletricidade não afetam as emissões do país, uma vez que estas são registadas no país onde a eletricidade foi produzida.
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