O sócio fundador Gonçalo Almeida fez um balanço dos 14 anos de atividade da firma. Revelou que pretendem apostar na área do Oil and Gas e que um novo escritório no Médio Oriente está para breve.
A Almeida, Dias e Associados foi fundada em 2009 por Gonçalo Almeida e Correia Dias. Desde então que se tem afirmado como um player no mercado da advocacia, principalmente na área de direito do desporto e imigração.
À Advocatus, Gonçalo Almeida garantiu que o balanço destes 14 anos de atividade é “deveras positivo”. “Após a consolidação da sociedade, nomeadamente nas áreas do Direito do Desporto, Imigração e Imobiliário, tivemos um crescimento bastante acentuado, em particular, ao longo dos últimos cinco anos. Crescimento esse que procuramos cimentar de forma sustentada, cientes dos desafios que o mercado nos coloca”, disse.
O sócio fundador sublinhou também que os objetivos traçados estão a ser cumpridos e que, independentemente de uma “normal redefinição de estratégias decorrente de novos mercados e do crescimento adjacente”, as metas essenciais pré-estabelecidas estão a ser “integralmente alcançadas”. “Isto mormente o mercado, aliado a uma ambição legítima, nos obrigar, de forma permanente, a analisar novas oportunidades”, acrescentou.
No mercado da advocacia Gonçalo Almeida definiu a Almeida, Dias & Associados como uma sociedade de cariz internacional, “jovem” e “bastante proativa”.
“Embora sendo uma sociedade de advogados de prática generalista, temos, ao longo dos últimos anos, procurado apostar em advogados com formação e experiência consolidadas nas nossas áreas de eleição, o Desporto, a Imigração e o Imobiliário, nunca descurando o Societário, Família e Laboral, garantindo assim uma assessoria mais abrangente”, explicou o advogado.
O sócio fundador notou ainda que o escritório tem por prioridade prestar uma assessoria jurídica de “elevada qualidade”, focada em responder às necessidades dos clientes, “com um atendimento personalizado, célere e competente, sempre de forma honesta e íntegra”.
Aposta na área do Oil and Gas
Com aproximadamente 20 colaboradores, entre advogados e administrativos e outros profissionais, as áreas do Direito do Desporto, Imigração e Imobiliário são as que mais têm contribuído para o crescimento da Almeida, Dias & Associados.
Segundo o sócio fundador, isto deve-se à “vasta experiência e conhecimento técnico adquirido ao longo de mais de duas décadas e que tem merecido algum destaque a nível internacional”.
Questionado sobre se pretendem apostar em novas áreas no futuro, Gonçalo Almeida admitiu que têm vindo a trabalhar na área do Oil and Gas.
“A Almeida, Dias e Associados tem vindo já a trabalhar na área do Oil and Gas, tendo como clientes algumas empresas estabelecidas neste setor, uma aposta recente que acreditamos poder acelerar o nosso processo de afirmação a nível internacional”, sublinhou.
A ponte com o Brasil
A Almeida, Dias & Associados possui um escritório no Brasil e, segundo Gonçalo Almeida, trata-se de um mercado “bastante dinâmico” e “incomparavelmente mais forte que o português”.
“A História ensina-nos que vivemos permanentemente em contraciclo económico com o nosso país irmão. Contudo, independentemente da crise que o Brasil vive atualmente, trata-se de um mercado que, pela sua dimensão, é sempre bastante atrativo”, disse.
O sócio fundador considera que os cidadãos brasileiros que têm capacidade financeira procuram, cada vez mais, alguma segurança por intermédio de investimentos no estrangeiro, sendo Portugal a “solução favorita da maioria”. “Trata-se de um mercado algo incerto, mas bastante dinâmico e incomparavelmente mais forte que o português”, acrescentou.
Gonçalo Almeida descreveu a relação entre o escritório português e os restantes como “estreita”, de “colaboração diária” e almejando um “crescimento conjunto” e “sustentado”. “Partilhamos conhecimento, melhores práticas e recursos, permitindo-nos assim prestar um serviço global aos nossos clientes, garantindo simultaneamente que a qualidade dos nossos serviços seja uniforme em todas as jurisdições em que atuamos”, garantiu.
Em Portugal, para além de Lisboa, a Almeida, Dias & Associados possui um escritório em Tomar. Questionado se ambiciona expandir-se para outras cidades portuguesas, o sócio respondeu que não. “Não, apesar de não descurarmos tal cenário na eventualidade de surgir alguma oportunidade que se enquadre na nossa estratégia de crescimento sustentado”, disse.
Destino? Médio Oriente
Para Gonçalo Almeida o principal desafio que o escritório enfrenta é em gerir o “crescimento exponencial da sociedade” que se tem verificado ao longo dos últimos anos, nomeadamente a nível internacional, garantindo a manutenção dos padrões de exigência.
“Uma nota também para o inerente crescimento ao nível dos recursos humanos, realidade que nos apresenta diversos e novos desafios, os quais, todavia, nos estimulam bastante. Ao fim e ao cabo, as empresas são as pessoas”, acrescentou.
Sobre os próximos passos a dar, o sócio fundador avançou que um novo escritório na região do Médio Oriente está para breve. “Temos em mente, a curto/médio prazo, a abertura de um novo escritório na região do Médio Oriente, numa ótica de consolidação num mercado em franco crescimento e que conhecemos bem, fruto de uma experiência já bastante considerável”, disse.
Gonçalo Almeida perspetiva ainda que os próximos anos sejam de “continuidade”, com uma legítima ambição em termos de crescimento qualitativo. “Nesse contexto, destaco a nossa intenção de continuar a reforçar a equipa, atraindo, cada vez mais, os melhores profissionais, por forma a continuarmos a corresponder às melhores expectativas dos nossos clientes”, acrescentou.
Nomeação para o Tribunal da FIFA
Em junho, Gonçalo Almeida foi nomeado juiz da Câmara de Agentes do Tribunal de Futebol da FIFA. Assim, o sócio fundador, que já foi advogado da FIFA entre 2001 e 2006, passou a ser um dos 24 juízes.
O advogado assumirá as funções durante quatro anos (2023-2027), sendo que a Câmara de Agentes, instituída na sequência do novo Regulamento de Agentes da FIFA, terá jurisdição sobre “litígios de natureza internacional entre agentes de futebol FIFA e jogadores, treinadores, clubes, federações e/ou ligas”.
“Assumir o papel de juiz da Câmara de Agentes do Tribunal de Futebol da FIFA é uma honra e um desafio que abraço com enorme entusiasmo e determinação. Sinto-me privilegiado por poder conciliar a minha paixão pelo desporto, com a principal área do Direito a que me dedico há mais de duas décadas a nível profissional e praticamente em regime de exclusividade. Essa vasta experiência adquirida na área do Direito do Desporto, permite-me encarar, com grande confiança, mas com a devida prudência, este novo desafio profissional”, disse.
Gonçalo Almeida garantiu à Advocatus que está ciente da importância das decisões a tomar, bem como da pertinência das mesmas para a construção de um ecossistema desportivo “mais justo” e “transparente”, para o qual espera “contribuir positivamente”.
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Almeida, Dias & Associados vai “voar” até ao Médio Oriente
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