Banco de Fomento perde mais um administrador. Era o último da equipa anterior
Ao fim de dois anos, o administrador financeiro do Banco de Fomento apresentou a demissão. O conselho de administração liderado por Ana Carvalho fica assim sem nenhum elemento da equipa anterior.
O Banco de Fomento sofreu mais uma baixa. O administrador financeiro, Rui Dias, o último que restava da equipa de Beatriz Freitas, a anterior CEO da instituição, apresentou a demissão na terça-feira.
Rui Dias era o único administrador que sobrava da equipa original de Beatriz Freitas. Tiago Simões de Almeida apresentou a demissão em março, juntamente com António Joaquim Gonçalves, o então presidente da comissão de auditoria, por não se rever no rumo que a instituição estava a seguir.
“Confirmamos a informação de que o senhor administrador executivo, Dr. Rui Dias, renunciou ontem ao cargo, por motivos pessoais”, disse ao ECO fonte oficial da instituição. “O processo de substituição encontra-se em curso”, acrescentou a mesma fonte.
Rui Dias antes de ingressar no BPF integrava a direção financeira e de estruturação da Caixa BI e, por isso, regressa agora ao cargo de origem. O Banco de Fomento espera encontrar um substituto no espaço de um mês.
Esta é mais uma demissão que se vem somar a outras. Tal como o ECO anunciou, Pedro Magalhães, o diretor de dívida, capital e desenvolvimento de negócio, tido como um dos mais importantes da instituição e que já vinha da IFD, uma das duas instituições que foram fundidas na SPGM para dar origem ao Banco de Fomento, terminou funções no final de agosto e com ele foi Ana Oliveira, equity manager.
Esta onda de demissões faz recordar o verão de 2022 quando saiu o diretor de compliance, João Martins, a administradora responsável pela pasta do Risco e Conformidade, Susana Bernardo, além de vários elementos das equipas que levaram a instituição a lançar um amplo processo de recrutamento.
Um recrutamento que já teve momentos polémico nomeadamente com a escolha de Manuel Queiroz Ribeiro, ex-adjunto do ex-ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, contratado por ajuste direto para prestar serviços de jurídicos, consultoria estratégica e relações institucionais, mas que agora já ocupa um cargo de diretor.
As mudanças surgem num momento em que a administração assume querer “refundar” o banco, alterar expressivamente a sua organização e aumentar a sua eficiência e capacitação. O Plano de Atividades e Orçamento 2023-25, aprovado na assembleia geral de final de julho, foi o ponto de partida para esta reformulação à luz da qual está a ser levado a cabo um amplo reforço de quadros, como confirmou ao ECO fonte oficial da instituição.
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