Aumento das taxas de juro terá efeitos no turismo, diz Bernardo Trindade, da AHP

Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, Bernardo Trindade considera que o turismo está numa "fase planalto", mas ainda assim acredita em resultados positivos em 2023 superiores a 2019.

Bernardo Trindade, presidente da Associação de Hotelaria de Portugal e ex- secretário de Estado do Turismo, recomenda “prudência” na avaliação das perspetivas para o turismo no próximo ano e admite que o cenário recessivo pode vir a ter influência no desempenho do setor.

Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, Bernardo Trindade considera que o turismo estabilizou, está numa “fase planalto”, mas ainda assim acredita em resultados positivos em 2023 superiores a 2019. No que se refere a 2024, recomenda prudência nas previsões, por causa do impacto do aumento das taxas de juro e do cenário recessivo que dai advêm, que terão certamente consequências nas receitas do turismo.

O presidente da Associação de Hotelaria de Portugal não se compromete quanto a subidas ou descidas nos preços, mas garante que o sectornão esta a vender gato por lebre” e que o esforço de valorização e de aposta na qualidade das infraestruturas e dos serviços tem de ser compensado. Lembra ainda que aumentar a receita significa remunerar melhor e pagar mais impostos e é isso que esta a acontecer.

Bernardo Trindade considera que o problema da habitação não se resolve diabolizando o Alojamento Local e defende que, com uma alteração da legislação, estas estruturas passem a ser considerados não alojamento local, mas empreendimentos turísticos.

O antigo administrador não executivo da TAP admite que a Transportadora Aérea Portuguesa possa vir a ser integrada num grande grupo, que lhe permita ganhar escala, desde que se mantenha o hub em Lisboa e não esqueça nem as ilhas nem a diáspora. Apesar de ter assinado (com outras 25 individualidades) uma carta aberta que se opunha à privatização, Bernardo Trindade, antigo secretario de Estado do Turismo, não exclui a possibilidade de a companhia poder ser vendida desde que o hub permaneça em Lisboa.

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