Ministro do Ambiente atacado por ativistas climáticos. “Deve envolver-se as empresas na transição”, responde Duarte Cordeiro
"Não vendam o nosso futuro" foi um dos motes usados pelo grupo de ativistas climáticos que atingiu o ministro com tinta verde durante uma conferência.
Um grupo de jovens ativistas lançou-se em protesto durante uma intervenção do ministro do Ambiente numa conferência da CNN. Poucos minutos após o início da conferência, quando o ministro do Ambiente tomou a palavra, as três jovens dirigiram-se ao palco e atiraram tinta verde que atingiu Duarte Cordeiro na roupa, enquanto gritavam frases de contestação ao Governo. A principal crítica era a participação do mesmo numa conferência sobre sustentabilidade que tinha como convidados de destaque os responsáveis da EDP e da Galp, Miguel Stilwell e Filipe Silva. “Não vendam o nosso futuro” foi um dos motes usados pelo grupo de ativistas climáticos, que acabaram por ser retirados da sala por forças de segurança.
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Quando retomou o lugar na conferência, o ministro disse respeitar “esta geração” e a sua preocupação com o respetivo futuro. “Não me queixo de quem vai para a rua reivindicar pelo planeta. Queixo-me de determinadas formas de manifestação“, disse, referindo-se ao protesto desta terça-feira. “São intolerantes e procuram calar os outros. Numa democracia, não funciona e contribui para que esta causa perca”, defendeu.
“Há uma discussão sobre se devemos afastar grandes empresas” com um passado ligado a combustíveis fósseis, reconheceu o ministro. Mas o responsável acredita que se “deve envolver as empresas no processo de transição”, até pelo seu papel em termos de postos de trabalho.
Duarte Cordeiro aproveitou para reforçar o compromisso do Governo com o clima. Reconheceu o atraso em áreas como a mobilidade e os resíduos, mas realçou a incorporação elevada de renováveis na eletricidade. “O nosso Governo tem, com algum consenso público, dirigido uma parte muito significativa do investimento em políticas ambientais“, frisou.
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