Banco de Fomento contrata primeiras operações de Venture Capital
Para já estão contratadas sete operações num investimento total de 261 milhões de euros com um apoio de 171,5 milhões do Fundo de Capitalização e Resiliência. Restantes serão fechadas em janeiro.
O Banco de Fomento contratou as primeiras sete operações do Programa de Venture Capital, financiado pelo Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), quase quatro meses depois de ter escolhido as 16 capitais de risco que iam operacionalizar este programa. Em causa está um investimento total de 261 milhões de euros que conta com um apoio de 171,5 milhões do FdCR, constituído com verbas o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
O investimento mais avultado é da Crest Capital Partners, num total e 51 milhões de euros (34 milhões do FdCR e 17 milhões privados). Recorde-se que a Crest é uma as sociedade gestoras do Programa Consolidar. Tal como o é a Oxy Capital. A Portugal Ventures, a capital de risco do Estado, também foi uma das selecionadas para o Consolidar, mas que não conseguiu constituir o fundo dentro do prazo e as verbas do FdCR que lhe estavam destinadas acabaram por ser redistribuídas (à semelhança do que aconteceu com a Draycott e ECS Capital)
“Com um efeito de alavancagem de 1,52 (em que um investimento inicial do fundo de 171,5 milhões de euros possibilita gerar um valor total de investimento significativamente maior, nomeadamente, 261 milhões de euros), o investimento do FdCR vai além do esperado e permite financiar uma diversidade mais ampla de empresas e projetos, abrindo caminho para novas oportunidades, inovação e crescimento”, escreve o BPF em comunicado.
O Banco admite a possibilidade de ainda fechar mais duas operações esta sexta-feira, mas atira as restantes para janeiro do próximo ano.
O Programa de Venture Capital atraiu inicialmente 44 candidaturas das quais foram escolhidas 16, com “avaliação média de 2,4, muito acima da pontuação global mínima de 1,6 estabelecida no âmbito do concurso”. Começou com uma dotação de 200 milhões de euros, que foi depois duplicada para 400 milhões, que permitirá potenciar um investimento de 652,25 milhões de euros na capitalização de empresas viáveis. Este programa destina-se a apoiar o investimento em empresas prioritariamente nas fases de arranque, através da subscrição de fundos de capital de risco geridos por intermediários financeiros.
A CEO do BPF, Ana Carvalho, sublinha, no mesmo comunicado, que “a assinatura das primeiras sete operações no âmbito do Programa de Venture Capital eleva o valor de operações contratadas do Fundo de Capitalização e Resiliência para mais de 750 milhões de euros, valor superior à meta de 650 milhões prevista no Acordo Operacional do PRR reprogramado“. Um valor que tem em conta o montante contratado com as sociedades gestoras do Consolidar e não as verbas que efetivamente já chegaram às empresas. Por exemplo, no caso do caso do Consolidar, as capitais de risco têm contratados 473,3 milhões de euros do FdCR, mas à economia real só chegaram 31,94 milhões.
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