Miguel Braga da Costa, sócio da BRAM, fez um balanço dos quatro anos de atividade e revelou os próximos passos a dar. Avançou que pretendem apostar nas áreas do Agronegócio e do Turismo.
Fundada em 2020, a BRAM nasceu fruto da integração de advogados da AMBA na RMMV. Cerca de quatro anos depois, o balanço que fazem é positivo, tendo aumentado competências, “duplicado” o número de colaboradores e crescido em número de clientes e em volume de faturação.
“Fazemos um balanço claramente positivo para mais, considerando que a BRAM iniciou a sua atividade num período particularmente complexo – em plena pandemia, com todos os constrangimentos conhecidos para a advocacia e para o funcionamento da justiça em geral. No nosso caso, com claro reflexo em áreas como o contencioso e o apoio a investidores, por razões óbvias”, disse o sócio Miguel Braga da Costa.
À Advocatus, explicou que foi “recompensador” verificar que até nesse contexto mais adverso conseguiram manter o escritório a funcionar e até reforçar a equipa e preparar um “crescimento sustentado”.
“Criando as bases estruturais da organização, revimos e melhoramos procedimentos sempre com o intuito de responder de forma mais eficaz às necessidades e aos problemas dos nossos clientes que são sempre o nosso principal foco e preocupação”, acrescentou.
Até ao momento, assume que todos os objetivos estão a ser cumpridos e até superados. Miguel Braga da Costa explicou que tinham como objetivo o crescimento da sociedade nos seus diversos aspetos.
“Ter conseguido de 2022 para 2023 um crescimento de cerca de 40% em volume de faturação e de cerca de 20% em número de clientes, duplicando, ao mesmo tempo, o número de colaboradores em relação a 2020. Podemos, por isso, dizer que superou as nossas melhores expectativas”, assegurou.
O Agronegócio tem uma enorme potencialidade de crescimento; enquanto o Turismo não para de crescer apresentando este ano que terminou dos melhores números de sempre, consolidando, ano após ano, um crescimento sempre a dois dígitos.
De forma a prosseguirem os seus objetivos, a missão da BRAM assenta em três pilares: responsabilidade, proximidade e excelência. “A missão da BRAM está de certa forma expressa no lema que adotámos para a nossa sociedade: “O seu caso, A nossa causa!”. Esta é a nossa primeira missão, a defesa intransigente dos nossos representados”, disse.
Miguel Braga da Costa explicou que, como parte dessa missão, ajudam os clientes a desenvolverem e a internacionalizarem os seus negócios, em setores específicos da economia como o turismo, o imobiliário ou o agronegócio.
Boutique vai apostar nas áreas de Agronegócio e Turismo
O sócio Miguel Braga da Costa adiantou à Advocatus que a BRAM assume-se no mercado, quer pela sua dimensão, posicionamento e abordagem, como uma boutique com “vocação para o cliente empresarial, numa lógica de proximidade e conhecimento do seu negócio”.
“Uma sociedade vocacionada para uma prática jurídica dirigida a clientes empresariais e a investidores nacionais ou internacionais aconselhando-os estrategicamente de forma personalizada, acompanhando os seus processos críticos e de decisão”, disse.
Atualmente com 20 advogados, o crescimento do escritório foi impulsionado por diversas áreas. Ainda assim, grande parte do volume de trabalho da boutique passa pela área de contencioso. “Uma área em que os resultados obtidos, e a satisfação dos nossos clientes, têm sido a base para um crescimento sustentado”, garantiu o sócio.
“Para além do Contencioso e das já referidas áreas do Societário, do Imobiliário e do Direito Público, em parte como consequência da entrada do nosso sócio Pedro Afra Rosa, dada a sua vasta experiência nestas áreas, foi relevante para o nosso crescimento a presença na área do Direito dos Seguros e Bancário. Bem como, as novas áreas de aposta que definimos e temos vindo a trabalhar”, acrescentou.
No futuro, a boutique pretende apostar nas áreas do Agronegócio e do Turismo, uma vez que são dois dos setores “mais dinâmicos” da economia portuguesa. “O Agronegócio tem, na nossa perspetiva, uma enorme potencialidade de crescimento; enquanto o Turismo não para de crescer apresentando este ano que terminou dos melhores números de sempre, consolidando, ano após ano, um crescimento sempre a dois dígitos”, explicou.
No que diz respeito à área de Agronegócio, Miguel Braga da Costa referiu que é uma “aposta natural”, uma vez que tem experiência na assessoria aos agricultores e investidores agrícolas e porque vários sócios e colaboradores têm uma “efetiva ligação ao mundo rural”, conhecendo as suas dinâmicas.
Já relativamente ao Turismo, o sócio assegurou que partem da vasta experiência dos advogados em áreas como Imobiliário, Administrativo ou Urbanismo, para apoiar os clientes e investidores, nacionais ou estrangeiros, ajudando-os a lidar com os custos do contexto, na criação de projetos turísticos sustentáveis. “Neste plano o conhecimento do setor que tem, por exemplo, o Telmo Correia que é o nosso responsável por esta área, é claramente uma mais-valia”, acrescentou.
Futuro passa pela “estratégia de afirmação”
Na BRAM o principal desafio que enfrentam nesta fase é o de continuar a crescer, tanto a nível de clientes e colaboradores como de faturação, de forma “sustentada” e seguindo as “melhores práticas do mercado”. “Este desafio passa também por uma progressiva especialização, em particular nas áreas de aposta atrás referidas, como o Agronegócio e o Turismo”, acrescentou o sócio.
À Advocatus, Miguel Braga da Costa adiantou que os próximos passos para o crescimento e implementação da boutique no mercado passam pela “estratégia de afirmação”. Esta advém da partilha de conhecimento e pela presença, junto dos clientes, em eventos económicos.
“A título de exemplo estivemos presentes na última AgroGlobal, a maior feira do setor agrícola. Para além da nossa participação como oradores em conferências, fomos mesmo o único escritório de advogados com um espaço próprio e permanente, durante os três dias do evento. Depois disso temos participado noutros eventos do setor agrícola, tal como no turismo e na área da energia, estabelecendo contactos muito relevantes, partilhando informação e conhecimento jurídico, numa postura pró-ativa”, exemplificou.
Por outro lado, o sócio considera ainda essencial explorar “mais a fundo” a parceria internacional através da rede Mackrell International, uma rede que junta cerca de 170 escritórios independentes e que dá a possibilidade de atuarem em 60 países diferentes de todos os continentes e potenciarem e atraírem investimentos.
“Consolidar a marca e a sua identidade, sendo reconhecidos pela nossa competência especializada, são os objetivos que permitirão o nosso crescimento no mercado. Para além de, obviamente, ações específicas de que esta entrevista é, de resto, um bom exemplo”, sublinhou.
Para os próximos 10 anos pretendem assim continuar a crescer “sustentadamente”, a “bom ritmo”, consolidando as apostas nas diversas áreas e “tendo sempre em atenção os novos avanços tecnológicos na era digital, designadamente as implicações decorrentes do desenvolvimento da Inteligência Artificial no funcionamento e na prestação de serviços pelas sociedades de advogados”.
Será nosso objetivo assegurar a sua evolução e progressão na carreira mantendo um forte espírito de grupo, assegurando assim o relevo geracional.
Ainda assim, assume que o mais importante são as pessoas. “Porque temos a noção de que, entre os mais jovens, temos advogados e advogadas com enorme qualidade, será nosso objetivo assegurar a sua evolução e progressão na carreira mantendo um forte espírito de grupo, assegurando assim o relevo geracional”, disse.
“Se continuarmos a recrutar talentos dando-lhes condições e meios para crescerem estimulando o mérito daqui a dez anos estaremos, seguramente, onde projetamos estar enquanto uma sociedade de advogados de referência, nas nossas áreas de atuação”, acrescentou.
Questionado se pretendem expandir-se para outras cidades em Portugal, Miguel Braga da Costa avança que têm na “mira” uma parceira na cidade do Porto.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
BRAM quer apostar no Agronegócio e Turismo
{{ noCommentsLabel }}