Economia portuguesa arranca ano com pouco gás

A economia portuguesa arrancou 2024 com pouco gás, com os indicadores que medem a atividade económica a darem sinais divergentes nos dois primeiros meses do ano, isto depois de ter evitado a recessão no final do ano passado.

De acordo com a síntese de conjuntura divulgada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, diminuiu em fevereiro, rompendo com uma trajetória positiva que vinha registando desde novembro.

Já o indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, mostra uma desaceleração em dezembro e janeiro, depois de ter diminuído em agosto.

Os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para janeiro, apontam para uma aceleração no setor dos serviços, enquanto o setor da indústria registou uma diminuição menos intensa. Contrastando com esta recuperação, a construção observou uma desaceleração na produção no primeiro mês de 2024.

Ainda assim, o mercado de trabalho continua a dar mostras de resiliência: as estimativas provisórias apontam para que a taxa de desemprego se tenha mantido nos 6,5% em janeiro e a população empregada tenha aumentado.