Carros autónomos vão valer sete biliões de dólares por ano

A partir de 2050, os carros autónomos irão contribuir com sete biliões de dólares por ano para a economia global. Até 2035, serão um mercado de 800 mil milhões, estima a Intel.

As empresas poderão vir a desenvolver serviços para serem usados enquanto os carros se conduzem sozinhos, estima a Intel.Wikimedia Commons

A partir de 2050, o mercado dos carros autónomos deverá contribuir com sete biliões de dólares anuais para a economia global (7.000.000.000.000 de dólares). A estimativa é da Intel, que antevê um futuro repleto de novas oportunidades de negócio para aproveitar as 250 milhões de horas de tempo livre que se estimam que os carros sem condutor libertem todos os anos.

Em 18 anos, o mesmo mercado deverá valer 800 mil milhões de dólares, estima a empresa. O jornal The Telegraph, que avançou a notícia, sublinha que a tecnologia irá transformar condutores em passageiros com tempo livre, num conceito que a Intel batizou de “economia dos passageiros”. Antecipa ainda um novo segmento de aplicações e funcionalidades para os automóveis, tais como salões de beleza a bordo, ou clínicas médicas. Tudo isto para usufruir durante a deslocação automática do ponto A ao ponto B.

Outra disrupção antecipada pela Intel prevê que muitos carros autónomos estacionados lado a lado poderão servir de autênticas unidades de alojamento, como se fossem parques de caravanas. Por tudo isto, o presidente executivo da empresa, Brian Krzanich, alerta que as empresas que não forem capazes de se adaptar irão ser extintas.

“As empresas devem começar a pensar numa estratégia autónoma agora mesmo. Há menos de uma década, ninguém falava do potencial da economia da partilha ou das aplicações, que estava prestes a emergir, porque ninguém se apercebeu dela. Por isto é que começámos ainda cedo a falar da economia do passageiro, para alertar as pessoas para os filões de oportunidade que vão emergir quando os carros se tornarem nos nossos dispositivos mais capazes de gerar dados, e as pessoas trocarem o conduzir pelo viajar”, defende Krzanich, citado pelo jornal britânico.

No fundo, o que a Intel prevê é um futuro em que, tal como acontece hoje com os telemóveis, as empresas poderão desenvolver serviços e aplicações para os próprios veículos. Serão eles os aparelhos a levar a tecnologia até aos utilizadores e um dos principais meios de consumo, impulsionando a economia de forma direta e indireta.

"As empresas devem começar a pensar numa estratégia autónoma agora mesmo. Há menos de uma década, ninguém falava do potencial da economia da partilha ou das aplicações, que estava prestes a emergir, porque ninguém se apercebeu dela.”

Brian Krzanich

Presidente executivo da Intel

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