Marcelo reúne-se com o ministro da Defesa em Tancos
O Presidente da República vai reunir-se esta terça-feira de tarde com o ministro da Defesa em Tancos. Os líderes das Forças Armadas e do Exército também vão estar na reunião.
Marcelo Rebelo de Sousa vai reunir-se esta terça-feira de tarde, às 16h00, com Azeredo Lopes, uma notícia avançada pela SIC Notícias e confirmado pelo ECO junto de fonte oficial da Presidência. Em causa está o roubo de material militar de Tancos, um caso que já levou a uma investigação do Ministério Público e à abertura de um inquérito. O Presidente da República tem recusado comentar as falhas de segurança, assinalando apenas que quer uma investigação que “apure tudo”.
Segundo a agenda no site da Presidência, Marcelo não tinha nada marcado para esta tarde. O Presidente da República esteve num almoço no Quartel dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera, o último evento que assinalado na agenda desta terça-feira. Contudo, Marcelo Rebelo de Sousa decidiu reunir com o ministro da Defesa, um encontro marcado para depois das 16h00.
Fonte oficial de Belém referiu ao ECO que nesta reunião vão estar também o Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, Pina Monteiro, e o Chefe de Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte. Este último exonerou cinco comandantes para não haver interferência nos processos de averiguações sobre o furto de material militar. Além disso, Rovisco Duarte tinha admitido a existência de fugas de informação internas no caso do roubo de armamento.
Já tinha sido anunciado que esta quarta-feira os oficiais do Exército vão à porta da Presidência da República, em Belém, deixar as suas espadas em solidariedade para com os coronéis que foram afastados devido ao assalto em Tancos. Além disso, a pressão política aumentou depois de Assunção Cristas ter pedido ao primeiro-ministro para voltar de férias e demitir o ministro da Defesa, assim como a ministra da Administração Interna.
No domingo, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que deve ser feita “uma investigação que apure tudo, factos e responsabilidades”. O Presidente da República disse ainda ser necessário “prevenir o futuro para que não haja, de seis em seis anos, furtos destes e com gravidade crescente”. Marcelo pediu ainda uma investigação sobre a semelhança deste furto com outros furtos registados noutros países da NATO.
Já no sábado, o ministro da Defesa tinha assumido a “responsabilidade política” pelo assalto em Tancos. “Assumo a responsabilidade política pelo simples facto de estar em funções“, afirmou Azeredo Lopes, depois de o Exército ter revelado na sexta-feira que, entre o material de guerra roubado na quarta-feira dos Paióis Nacionais de Tancos, estão granadas foguete anticarro, granadas de gás lacrimogéneo e explosivos, sem divulgar quantidades.
(Atualizado às 14h56)
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