CEO da Uber despediu-se. Segue-se a marcha atrás?
Travis Kalanick pode estar a preparar o regresso à Uber pouco mais de um mês depois de anunciar a demissão.
Travis Kalanick tem partilhado com várias fontes que está a preparar um regresso “à Steve Jobs”, isto é: quer voltar para tornar a empresa a mais valiosa do mundo.
O recém-demitido CEO da Uber, Travis Kalanick, tem partilhado com alguns diretores da empresa que estava a “fazer uma à Steve Jobs” (Steve Jobs-ing it), numa referência ao regresso de Steve Jobs à Apple para a tornar a empresa mais valiosa do mundo, avançou esta segunda-feira o site Recode. Travis demitiu-se do cargo a 21 de junho a pedido de vários investidores, que viram a empresa de 70 mil milhões de dólares a sofrer duros golpes já em 2017.
“Amo a Uber mais do que tudo no mundo e, neste momento difícil na minha vida pessoal, decidi aceitar o pedido dos investidores para que me afastasse, para permitir à Uber voltar a crescer em vez de estar distraída com outra luta”, rematou Travis em comunicado na hora da saída.
Rui Bento, diretor-geral da Uber Portugal comentou o despedimento na altura, que considerou a confirmação de que para Travis, o sucesso da Uber era uma prioridade. Acrescentou ainda que “A sua [de Travis] saída dá à empresa foco, tempo e espaço para começar a traçar um novo capítulo”.
São várias as polémicas que envolveram e desvalorizaram a Uber em 2017. Particularmente sonantes foram as acusações de assédio sexual de uma funcionária, Susan Fowler, por parte de alguém com um alto cargo na empresa. A Uber também foi processada por violação de patentes pela Alphabet. Kalanick em particular foi alvo de críticas na sequência de um vídeo em que desvalorizava as queixas de um motorista da Uber e lhe desejava “Boa sorte”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
CEO da Uber despediu-se. Segue-se a marcha atrás?
{{ noCommentsLabel }}