BCP dá gás à bolsa, Europa também avança
Dia começa com ganhos nas principais praças europeias e Lisboa não é exceção. Dão corda ao PSI-20 as ações do BCP, numa semana em que a baixa liquidez vai continuar a condicionar negociação.
Numa das semanas do ano com menor volume de transações devido ao período de férias, a bolsa portuguesa volta esta quarta-feira aos ganhos, impulsionada sobretudo pela valorização do BCP. Lisboa acompanha os ganhos na Europa.
O PSI-20, o principal índice português, abriu a subir 0,35% para 5.260,22 pontos. Em destaque na abertura está o BCP. As ações do banco liderado por Nuno Amado avançam 0,42% para 0,2398 euros. Mas um total de 11 cotadas segue acima da linha de água, contribuindo dessa forma para uma evolução positiva do benchmark nacional, com nota ainda para a Galp, EDP e Jerónimo Martins, pesos pesados que se apresentam em alta de 0,43%, 0,16% e 0,18%, respetivamente.
Por outro lado, a EDP Renováveis observa uma queda ligeira de 0,19% para 6,813 euros, isto depois de ter anunciado esta manhã que assinou um contrato de longo prazo para a venda de energia no estado de Indiana, nos EUA.
Dia positivo em Lisboa tal como acontece nos principais índices europeus, “perante uma certa acalmia em termos de tensões geopolíticas”, justificam os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa.
“A BBC, citando a imprensa da Coreia do Norte, revelou ontem que o líder norte‐coreano, Kim Jong‐un, reviu o plano militar para disparar mísseis para a ilha norte‐americana de Guam, no oceano Pacífico, mas vai esperar para ver o que fazem os norte‐americanos, numa aparente desaceleração do tom provocatório das últimas semanas”, explicam.
Neste cenário, os ganhos em Madrid, Paris, Frankfurt e Milão situam-se entre 0,4% e 0,7%. O Stoxx 600, o índice de referência no Velho Continente, avança 0,43%.
No mercado de dívida, num momento em que os juros portugueses descem em quase todas as maturidades, Portugal tenta hoje colocar até 1.000 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a três e 11 meses, dois leilões que deverão registar juros negativos, como vem sendo hábito este ano.
(notícia atualizada às 8h26)
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