Jackson Hole agita sessão em Wall Street. Furacão preocupa
Dois dos índices fecharam com ganhos, enquanto o tecnológico Nasdaq encerrou com perdas ligeiras. Mercados reagem com volatilidade a Jackson Hole, mas é o furacão Harvey o que mais preocupa agora.
Enquanto o setor financeiro esteve sob pressão, os restantes índices norte-americanos terminaram a semana em terreno positivo, apesar da volatilidade criada pelos discursos dos banqueiros centrais em Jackson Hole, no Estado do Kansas. Especialmente o de Jannet Yellen, líder da Reserva Federal, que não seguiu o caminho que muitos investidores antecipavam.
Yellen afirmou que qualquer retirada de estímulos à economia será sempre “modesta” e alertou que nunca há certezas de que “novas crises não vão acontecer”. Contudo, disse haver razões para se “esperar que o sistema financeiro e a economia passem por menos crises e recuperem mais rapidamente de crises futuras”.
Neste contexto, o S&P 500, que chegou a ganhar 0,61%, encerrou a sessão com ganhos de 0,17% para 2.443,05 pontos, enquanto o industrial Dow Jones avançou 0,14% para 21.813,67 pontos, beneficiando do comportamento das petrolíferas num dia de subida da matéria-prima devido ao furacão Harvey. Em contrapartida, o tecnológico Nasdaq fechou a cair 0,09% para 6.265,64 pontos.
Com a conferência de Jackson Hole na reta final, as atenções dos investidores voltam-se agora para um novo assunto que está na ordem do dia pelos piores motivos. O furacão Harvey ganhou já a categoria 3 e dirige-se a grande velocidade para o Texas, devendo provocar estragos naquele Estado durante a madrugada desta sexta-feira. A zona costeira, voltada para o Golfo do México, alberga quase metade da capacidade de refinaria de petróleo dos Estados Unidos.
“Acreditamos que o impacto do furacão Harvey pode ser mais destrutivo para as reservas de petróleo e outros produtos nos Estados Unidos do que o mercado está atualmente a assumir”, disse Michael Cohen, analista do setor energético no Barclays, citado pela agência Bloomberg. A antecipar estes problemas, o preço do crude avançava 0,75% em Nova Iorque para os 47,80 dólares.
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