Fisco invoca “sigilo fiscal” no caso da Yupido, a empresa dos 29 mil milhões
Em resposta ao ECO, o Ministério das Finanças refere que "não se pode pronunciar sobre a situação contributiva" da Yupido. Polícia Judiciária está "a analisar" a empresa.
O Ministério das Finanças, que tem a tutela da Autoridade Tributária (Fisco), invoca “sigilo fiscal” para não informar se está ou não a investigar a Yupido pelo aumento de capital multimilionário que a empresa realizou no ano passado, através do qual passou a ser avaliada em 28,8 mil milhões de euros.
Contactado pelo ECO sobre se o Fisco estaria a investigar a empresa ou a desenvolver diligências para apurar a legitimidade do valor, fonte do ministério de Mário Centeno afirmou apenas: “O Ministério das Finanças não se pode pronunciar sobre a situação contributiva de pessoas individuais ou coletivas em concreto por uma questão de sigilo fiscal.”
O ministério das Finanças não se pode pronunciar sobre a situação contributiva de pessoas individuais ou coletivas em concreto por uma questão de sigilo fiscal.
Esta notícia surge um dia depois de uma fonte da Polícia Judiciária ter dito ao jornal Expresso [acesso pago] que as autoridades estão a “analisar” a situação para perceber se há indícios ou suspeitas que justifiquem uma investigação criminal.
Ao Dinheiro Vivo, Francisco Mendes, porta-voz da empresa, garantiu esta quinta-feira a “origem legal” do numerário envolvido, que andará à volta dos 243 milhões de euros, de acordo com um relatório e contas de 2016, a que o ECO teve acesso. O restante montante que perfaz os 28,8 mil milhões de euros de capital é, como o ECO avançou em primeira mão, o valor do “ativo intangível” no qual a empresa assentou o insólito aumento de capital, que é descrito como uma “plataforma digital inovadora” de media que se distingue “pelos algoritmos que a constituem”.
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