CTT cai 4% e renova mínimo histórico

A recuperação das ações no arranque da sessão durou pouco. O título desvaloriza mais de 4%, tendo assinalado um novo mínimo histórico de 3,771 euros.

Cerca de dez minutos. Foi quanto durou a curta recuperação das ações dos CTT. Depois de terem estado a ganhar em torno de 1% no arranque desta sessão, as ações da empresa liderada por Francisco de Lacerda rapidamente inverteram de rumo. Apesar de as perdas estarem a ser bem mais contidas face ao tombo de mais de 20%, registado na quarta-feira, as ações da dona dos Correios já estiveram a recuar perto de 5%, para um novo mínimo histórico.

As ações dos CTT deslizam 4,17%, para os 3795 euros, depois de já terem recuado um máximo de 4,77%, para os 3,771 euros, o que corresponde a um novo mínimo intradiário desde que os CTT foram para a bolsa em dezembro de 2013.

A empresa prolonga assim o tombo histórico registado na sessão de quarta-feira, dia em que as suas ações desvalorizaram 21,68%, vendo assim eliminado mais de um quinto do seu valor bolsista num único dia. Um tombo que representa uma reação dos investidores aos maus resultados apresentados pela empresa nos nove primeiros meses do ano e o anúncio do corte do dividendo a distribuir pelos acionistas.

Entre janeiro e setembro deste ano, os lucros dos CTT caíram 57% face ao mesmo período do ano passado, para os 19,5 milhões de euros, anunciou a empresa na passada terça-feira. Grande parte da responsabilidade por esse tombo teve a sua origem na quebra das entregas de correspondência: -6,1%.

O dividendo da empresa será ainda cortado dos 48 para os 38 cêntimos por, segundo pretende propor a empresa aos acionistas. O mercado não gostou e os analistas aprontaram-se a rever em baixa as suas avaliações da cotada.

O BPI baixou a avaliação dos CTT em 27,7%, com o preço-alvo a passar dos 6,5 euros para os 4,70 euros, e a recomendação a descer de “comprar” para “underperform”. Já o Haitong cortou o preço-alvo de 6,50 euros para 3,90 euros. A recomendação é de “neutral”. Era de “comprar”. Mas há mais casas a também reverem em baixa a sua avaliação do título. Foi o que aconteceu com o JP Morgan, mas também com a Mainfirst. Por sua vez, o BBVA e o Santander colocaram a avaliação do título sob revisão.

“Os resultados do trimestre foram abaixo das nossas estimativas“, diz já o CaixaBI emitiu esta quinta-feira uma nota de research enviada a clientes, salientando que o último trimestre foi “muito fraco” para os CTT. Na mesma nota, o banco de investimento comenta ainda a perda dos CTT da exclusividade da venda de produtos de poupança do Estado que, segundo avançou o público na terça-feira passarão a ser também vendidos em Lojas do Cidadão.

No entanto, o CaixaBI não mexeu na sua avaliação do título: mantém-se em “comprar”, com um preço-alvo de 6,50 euros.

(Notícia atualizada às 15h27 com novas cotações)

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