Santana Lopes aplaude princípio de descentralização de serviços, mas “sem levar trabalhadores à força”
O candidato à liderança do PSD apoia o princípio da descentralização de serviços para outras regiões. Mas deixa um alerta no caso do Infarmed: “os trabalhadores têm razão”.
O candidato à liderança do PSD Pedro Santana Lopes considera correto o princípio da descentralização de serviços para outras regiões, mas advertiu que, no caso do Infarmed, “os trabalhadores têm razão”.
“Os trabalhadores têm razão, uma coisa é apontar um caminho, outra os procedimentos. Não se pode anunciar uma decisão antes de tratar com os trabalhadores, com a administração”, defendeu, em declarações aos jornalistas à margem de uma iniciativa com os Trabalhadores Social-Democratas em Lisboa.
O ministro da Saúde anunciou, na terça-feira, que a sede da autoridade nacional do medicamento vai ser mudada de Lisboa para o Porto, uma mudança a ocorrer a partir de 01 de janeiro de 2019, decisão que já mereceu a contestação da Comissão de Trabalhadores do Infarmed.
"Os trabalhadores têm razão, uma coisa é apontar um caminho, outra os procedimentos. Não se pode anunciar uma decisão antes de tratar com os trabalhadores, com a administração.”
Santana Lopes considerou o sentido da decisão “muito correto”, lembrando que ele próprio, quando foi primeiro-ministro, descentralizou secretarias de Estado. “O sentido eu concordo, mas sem levar os trabalhadores à força”, disse.
Para Santana Lopes, existem outras hipóteses em relação ao Infarmed: ou a transferência apenas da administração e de alguns serviços, a integração dos trabalhadores noutras entidades da saúde ou a instalação no Porto de uma nova entidade que venha a ser criada no setor da saúde.
Em declarações aos jornalistas, Pedro Santana Lopes fez ainda questão de manifestar a sua preocupação em relação à situação que se vive do setor das comunicações, em particular da Altice, que pode ter reflexos no setor da comunicação social. “É bom que o Governo e a entidade reguladora acompanhem esta situação de muito perto”, defendeu, alertando que esta é uma área empresarial “onde já se desbaratou valor em demasia em Portugal”.
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