Soares dos Santos: “Não considerava Belmiro de Azevedo um concorrente”
Alexandre Soares dos Santos, patrão da Jerónimo Martins, diz que "não considerava" o homem forte da Sonae um concorrente, mas um "grande empresário".
O histórico líder da Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos, diz que “não considerava o engenheiro Belmiro de Azevedo um concorrente”. “Considerava-o um grande empresário e, para mim, é uma notícia muito triste” o seu falecimento, afirmou, numa reação em direto na RTP 3. Belmiro de Azevedo morreu aos 79 anos.
Para Soares dos Santos, Belmiro de Azevedo era “um homem de visão e de ação, e corajoso, num país que não admira nenhum destes pontos” e “não admira a iniciativa privada”. “Tinha um espírito de iniciativa e uma capacidade empreendedora enorme. Sempre tive por ele um grande respeito”, disse o dono da cadeia de hipermercados Pingo Doce, concorrente dos hipermercados Continente, detidos pela Sonae.
Não considerava o engenheiro Belmiro de Azevedo um concorrente. Considerava-o um grande empresário e, para mim, [o seu falecimento] é uma notícia muito triste.
O líder histórico da Jerónimo Martins avançou ainda que sempre manteve “as melhores relações” com Belmiro de Azevedo. “Foi visita da minha casa e eu fui visita da casa dele”, referiu. No entanto, descartou que tenha visto no homem forte da Sonae uma fonte de inspiração para o negócio da sua multinacional.
“Ambas as empresas [Sonae e Jerónimo Martins] seguiram caminhos diferentes. Enquanto a Sonae optou por um regime de conglomerado e dispersão de investimentos, nós estamos concentrados. Somos um grupo exclusivamente dedicado aos produtos de consumo, em parceria com a Unilever”, apontou Alexandre Soares dos Santos.
Por fim, Soares dos Santos reiterou que Belmiro de Azevedo “foi um exemplo” no setor privado, o “único” que “faz melhorar a economia e cria emprego”. “Tenho muita pena que tenha morrido tão cedo”, concluiu.
À TVI24, Soares dos Santos frisou também que Belmiro de Azevedo “vai fazer muita falta”. “É um homem que devia ser admirado pela sociedade portuguesa, por esses políticos que só sabem criticar as iniciativas privadas. Belmiro foi um homem de visão, foi um criador, foi um homem que sempre mostrou uma capacidade empreendedora notável.”
(Notícia atualizada às 19h42 com mais informação)
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