BCP e energia trocam voltas a Lisboa. Bolsa fecha em queda

A praça lisboeta encerrou esta sexta-feira em terreno negativo, invertendo assim face aos ganhos registados na primeira parte da sessão. A inversão de rumo do BCP e da EDP Renováveis acabou por ditar uma perda em torno de 0,5% para o PSI-20, no mesmo dia em que os os juros da dívida nacional atingiram um novo mínimo de 2015. Já os CTT mantiveram-se firmes com ganhos de 4%.

A bolsa nacional contrariou assim o sentimento positivo que marcou a negociação das ações europeias que somaram ganhos em torno de 1%, apoiadas no acordo para Brexit alcançado no arranque desta sexta-feira entre a União Europeia e o Reino Unido. O índice europeu Stoxx 600 valorizou 0,74%, para os 389,28%.

O PSI-20 encerrou a sessão a desvalorizar 0,58%, para os 5.360,26 pontos, com 11 títulos no vermelho e apenas sete em alta. O índice foi pressionado sobretudo pelo BCP e pela maioria dos títulos do setor energético. As ações do banco liderado por Nuno Amado recuaram 0,72%, para os 26,03 cêntimos, depois de terem estado a valorizar acima de 1%.

As ações do BCP contrariaram assim o sentimento positivo que marcou a banca europeia, o setor que mais valorizou nesta sessão na Europa (mais de 2%) perante as perspetivas de que a remuneração aos acionistas possa aumentar depois do compromisso de Basileia não ter conduzido a “uma subida significativa” das necessidades de capital, segundo o regulador do setor.

Por sua vez a EDP Renováveis deslizou 1,28%, para os 6,622 euros, pressionando também o PSI-20, numa sessão em que a casa-mãe também se destacou pela negativa. As ações da EDP recuaram 0,99%, para os 2,91 euros. No mesmo sentido seguiu a REN, que viu as suas ações deslizarem 2,24%, apesar de nesta quinta-feira a empresa ter anunciado que concluiu com sucesso o seu aumento de capital de 250 milhões de euros.

As ações da Jerónimo Martins também condicionaram o rumo do PSI-20, ao sofrerem um deslize de 1,54%, para os 16,32 euros.

Rumo contrário teve a Galp Energia, o que ajudou a travar as perdas do índice bolsista nacional. As ações da petrolífera terminaram com ganhos de 0,39%, para os 15,56 euros, em sintonia com as cotações do petróleo nos mercados internacionais.

Mas coube aos CTT ser a estrela da sessão. As suas ações encabeçaram os ganhos da praça lisboeta, com uma valorização de 4,26%, para os 3,40 euros, recuperando assim para máximos de um mês, após um período em que o título tem sido muito castigado pelos maus resultados da sua atividade.

(Notícia atualizada às 16h55 com mais informação)