Ações do BCP chegam segunda-feira à bolsa a valer 1,34 euros
BCP já não será uma penny stock depois da fusão de 75 ações numa só. Chegam esta segunda-feira à bolsa a valer 1,3425 euros por título.
Acabaram as ações do BCP na casa dos cêntimos. O banco vai proceder na segunda-feira ao agrupamento de 75 ações numa só e, em resultado dessa operação, cada “novo” título vai passar a valer 1,3425 euros na sessão da próxima segunda-feira, isto depois de ter encerrado a sessão desta sexta-feira a cotar-se nos 1,79 cêntimos por ação.
Este ajustamento acionista é puramente técnico e não vai afetar o valor de mercado do banco — nem da sua carteira. Com o reverse stock split, “desaparecem” mais de 58 mil milhões de títulos do BCP do mercado, mas o banco vai continuar a valer em bolsa os mesmos 1.056 milhões de euros após a realização da operação.
Com o encerramento da sessão desta sexta-feira terminou também o prazo para ajustar o seu lote antes da fusão de ações. Assim, no caso de possuir 2.000 títulos do banco, eis o que lhe vai acontecer:
- Vai ficar a deter com 26 novas ações do BCP no valor de 1,35 euros por título assim que o agrupamento for concretizado, sobrando-lhe 50 ações que não permitiram a conversão num novo título;
- Em relação a estes 50 títulos sobrantes, o banco irá pagar-lhe uma contrapartida de 2,57 cêntimos por ação, num total de 1,285 euros, prevendo fazer essa liquidação até 8 de novembro — a data de pagamento dependerá também do seu intermediário;
- Não vai ter qualquer encargo com esta fusão de ações, pois o banco vai assumir todas as despesas.
Chineses à vista
A operação de fusão de ações é mais um passo no sentido de a administração do BCP cumprir uma lista de exigências apresentada pelos chineses da Fosun. O grupo chinês dono da Fidelidade e da Luz Saúde está a negociar com a comissão executiva do BCP a concretização da compra de 16,7% do capital do banco português, podendo vir a aumentar a sua posição no futuro. As portas estão praticamente abertas.
Além do reverse stock split, os chineses pediram ao banco português que aumentasse do limite de votos de 20% para 30% e alargasse o número de membro do conselho de administração. É exatamente para isso que os acionistas do BCP vão ser chamados para uma assembleia geral agendada para o próximo dia 9 de novembro.
Foi neste cenário de otimismo em torno da entrada de um novo acionista de referência no BCP que as ações valorizaram nas últimas sessões. Desde segunda-feira já dispararam mais de 16%.
Evolução das ações do BCP no último mês
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