Fitch: Crescimento da economia portuguesa pode acelerar subida de ratings da banca
A agência de notação está confiante de que o rating dos bancos vai continuar a melhorar ao longo deste ano. E graças à recuperação da economia portuguesa. Mas deixa alertas.
Os ratings dos bancos portugueses vão continuar a melhorar ao longo deste ano. A conclusão é da Fitch. A agência de notação afirma que as instituições financeiras vão assistir a uma melhoria da notação graças à recuperação da economia portuguesa. Apesar de estar confiante, a Fitch alerta que os bancos ainda têm trabalho de casa para fazer: é preciso diminuir o peso do crédito malparado, que equivale a 25% do PIB, e resolver a baixa rentabilidade.
“A diminuição do desemprego e a recuperação modesta, mas estável, do mercado imobiliário devem beneficiar os bancos através da redução dos NPL [crédito malparado]”, refere a agência de notação numa nota citada pela Reuters. “Prevemos que o PIB tenha crescido 2,6% em 2017 e, embora [o crescimento] vá abrandar entre 2018 e 2019, a economia vai continuar a crescer”, acrescenta a Fitch.
"A diminuição do desemprego e a recuperação modesta mas estável do mercado imobiliário devem beneficiar os bancos através da redução dos NPL [crédito malparado].”
No mês passado, relembra a agência, vários bancos portugueses assistiram a uma melhoria do rating depois de uma subida da notação de Portugal. Após a decisão de setembro da Standard & Poor’s, também a Fitch decidiu em dezembro melhorar o rating da República portuguesa para o nível de investimento. A dívida pública portuguesa conta agora com a avaliação positiva de três agências de notação financeira: a DBRS, a S&P e a Fitch.
“Os fundamentais de crédito dos bancos melhoraram significativamente em 2017. Angariaram cerca de cinco mil milhões de capital e usaram os proveitos para aumentar a cobertura de ativos problemáticos e fortalecer os rácios de capital”, refere a agência.
Mas a Fitch deixa alertas: é preciso diminuir o peso do malparado. “O rating que avalia a viabilidade dos bancos continua abaixo de nível de investimento devido à fraca qualidade dos ativos e rentabilidade”, nota. Para a agência, o malparado está “a diminuir, mas ainda representa cerca de um quarto do PIB de Portugal e continua a penalizar a rentabilidade”.
(Notícia atualizada às 10h47)
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