Antigo presidente do Popular Portugal vai liderar BNU Macau
Carlos Álvares vai liderar o banco da Caixa Geral de Depósitos em Macau, mas ainda aguarda aprovação das autoridades, sabe o ECO.
Depois de sair do Popular Portugal com a integração da casa-mãe em Espanha no Santander, Carlos Álvares está a caminho da presidência do Banco Nacional Ultramarino Macau, pertencente ao grupo Caixa Geral de Depósitos, apurou o ECO.
Neste momento, está a decorrer o processo de indigitação para a assembleia geral e os contactos com as autoridades macaenses, razão pela qual o nome de Carlos Álvares não foi ainda formalizado para o cargo. Contactado, nem o banco público nem o próprio Carlos Álvares comentam a notícia.
Álvares foi presidente do Popular Portugal até novembro do ano passado, tendo abandonado essas funções depois de o Popular em Espanha ter sido alvo de uma medida de resolução e vendido ao Santander pelo preço de um euro. Prepara-se agora substituir Pedro Cardoso, que lidera o BNU Macau desde 2011.
Depois dos Correios e Telecomunicações de Portugal, onde iniciou carreira profissional em 1981, Carlos Álvares passou para o Banco Português do Atlântico, onde trabalhou como auditor interno. Foi ainda diretor no Banco Comercial Português.
O BNU Macau fechou 2017 com um lucro de 706 milhões de patacas (cerca de 70 milhões de euros), representando um aumento de 26% face ao resultado atingido um ano antes. Conta atualmente com 20 agências, incluindo uma na Ilha da Montanha, em Zhuhai, cidade chinesa adjacente ao território.
A instituição mantém o seu estatuto como um dos banco emissores de moeda para o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), juntamente com o Banco da China.
O Banco Nacional Ultramarino foi constituído em 1864, em Lisboa, com o objetivo de ser o banco emissor para os territórios ultramarinos portugueses. Chegou a Macau em 1902 depois de se ter expandido para outros territórios, como Angola, Cabo Verde, S. Tomé e Moçambique.
Em 1988, a Caixa Geral de Depósitos adquiriu a maioria do capital do BNU. Anos mais tarde, em julho de 2011, deu-se a fusão do BNU com o banco público, transformando a sucursal macaense numa entidade subsidiária de direito local e detida integralmente pela Caixa Geral de Depósitos.
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