Santana Lopes: Escolha do secretário-geral do PSD foi “toque cavaquista” de Rui Rio
"O PSD que existe neste momento devia preparar uma alternativa ao Governo socialista, mas o partido está inquieto", considera Pedro Santana Lopes.
Pedro Santana Lopes vê um PSD “inquieto” e pouco preparado para se apresentar como alternativa ao atual Governo. Rui Rio, diz, ainda não inaugurou a sua liderança, mas já surpreendeu: a escolha de José Silvano para o cargo de secretário-geral de PSD foi um “toque cavaquista”, justamente por ter sido surpreendente.
Foi desta forma que o ex-primeiro-ministro analisou a situação do partido, no novo espaço de comentário semanal que tem na SIC Notícias. “O PSD que existe neste momento devia preparar uma alternativa ao Governo socialista, mas o partido está inquieto“, disse o candidato derrotado à liderança do PSD. “Com a notícia de que o PSD preferia não apostar tanto nas legislativas de 2019, mas sim preparar-se para as autárquicas de 2019, vai contra a natureza do partido”, criticou ainda.
O social-democrata mostra-se, ainda assim, confiante com o líder do partido. “Estou convencido de que Rui Rio quer ganhar, mas está na altura de começar a afirmar-se. Quero dar-lhe esse crédito: todo o líder que entra tem o direito de fazer as coisas à sua maneira.
Quanto ao caso de Feliciano Barreiras Duarte, Santana Lopes comenta que o partido tem estado “constantemente sob mau tempo desde as diretas”. E espera que, agora, Rui Rio esteja pronto para “inaugurar a liderança”, o que não acontece com “um encontro com António Costa e outro com Assunção Cristas”. Acontece, afirma, “com a apresentação de propostas e com o combate ao Governo”.
Ainda sobre a demissão de Barreiras Duarte, que levou à escolha de José Silvano para o substituir no cargo de secretário-geral do PSD, Santana Lopes considera que a decisão de Rui Rio foi surpreendente. E isso teve um “toque cavaquista”, diz. “Cavaco Silva surpreendia sempre. Às vezes, até podia escolher pior do que se esperava, mas gostava de surpreender. Não gostava de escolher ninguém que já tivesse sido falado”.
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