Tomás Correia tira pelouros a administrador dissidente na Associação Mutualista

  • ECO
  • 11 Abril 2018

Fernando Ribeiro Mendes, administrador que defendeu um "virar de página" na gestão da Associação Mutualista, viu Tomás Correia retirar-lhe todos os pelouros por "falta de confiança".

A Associação Mutualista Montepio retirou todos os pelouros ao administrador Fernando Ribeiro Mendes, depois de este ter defendido recentemente que a instituição precisa de “um virar de página inadiável”, provocando uma crise no seio do conselho de administração liderado por Tomás Correia.

Ribeiro Mendes, que até aqui detinha os pelouros de meios, serviços partilhados, compras, estudos mutualistas e secretariado-geral, publicou um artigo no jornal Público a 24 de março onde defendeu que “verdadeiramente decisivas para o virar de página que julgo inadiável serão as mudanças no governo e na gestão do Montepio que a revisão em curso do código das mutualidades desejavelmente ajudará a concretizar”. Mas os sinais de dissidência em relação à gestão de Tomás Correia já vêm desde o ano passado, pelo menos, quando Ribeiro Mendes se absteve numa votação para decidir o aumento de capital na Caixa Económica Montepio no valor de 250 milhões de euros, conforme avançou o ECO em primeira mão.

O artigo de opinião publicado há três semanas foi mesmo a gota de água, avança o Jornal Económico (acesso livre), que conta que Tomás Correia não gostou do que leu e ainda antes da Páscoa retirou os pelouros a Ribeiro Mendes devido a “uma quebra de confiança” no administrador.

Atualmente, o conselho de administração da Associação Mutualista Montepio tem Tomás Correia como presidente e conta ainda Carlos Beato, Ribeiro Mendes, Virgílio Lima e Miguel Teixeira Coelho como vogais. Mas o ambiente na cúpula da instituição é tudo menos pacífico.

Dois dos administradores, nomeadamente Ribeiro Mendes e Miguel Teixeira Coelho, estão em completa rutura com a atual gestão e, segundo o Público, fazem parte de um conjunto de personalidades que prepara uma lista única para concorrer contra Tomás Correia nas eleições para a Associação Mutualista Montepio que vão decorrer no final do ano.

São várias as personalidades que estão a impulsionar este movimento que integra vários quadrantes políticos e cujas listas foram derrotadas há três anos. Entre elas estão António Godinho (ex-trabalhador do Montepio) e António Bagão Félix (ex-ministro CDS-PP), que concorreram na lista “Renovar Montepio”; Eugénio Rosa (economista ligado ao PCP), que concorreu através do “Defender o mutualismo”; Manuel Rogério (representante dos trabalhadores), que concorreu ao conselho geral.

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