Guerra na Síria deita bolsas abaixo. Lisboa também cedeu
Trump ameaçou a Rússia com mísseis de retaliação ao ataque químico na Síria, penalizando as bolsas no Velho Continente. O PSI-20 não escapou.
A ameaça de Trump em relação à Rússia por causa da guerra na Síria deixou os investidores totalmente avessos ao risco. As bolsas europeias fecharam a sessão no vermelho e Lisboa não foi exceção, com 11 cotadas abaixo da linha de água.
O PSI-20, o principal índice português, fechou o dia a cair 0,19% para 5.465,71 pontos. O pior desempenho pertenceu à Semapa, cujos títulos caíram mais de 2% para 18,34 euros. Também as cotadas da família Sonae estiveram sob pressão: a Sonae SGPS cedeu 1,33% e a Sonae Capital caiu 1,12%, num movimento de correção após os ganhos acentuados na sessão desta terça-feira na sequência da uma nota de research do BPI.
Mais de metade das ações nacionais encerraram com sinal menos. A EDP, que esteve destacada nas últimas sessões por causa dos rumores de uma oferta pública de aquisição por parte da francesa Engie, cedeu 1,62% para 3,149 euros.
Apesar dos fatores empresariais, o principal fator a condicionar a negociação em Lisboa foi externo. O Presidente dos EUA deixou esta quarta-feira uma séria ameaça aos russos de que os norte-americanos irão responder ao ataque químico na Síria. “Os mísseis vão chegar, agradáveis, novos e ‘inteligentes’”, disse num tweet partilhado esta manhã.
Tweet from @realDonaldTrump
“Os investidores aguardam pela resposta de Trump, irá retaliar com medidas ainda mais agressivas ou será que a China conseguiu ‘pôr água na fervura’?! Nesta imprevisibilidade os mercados reagem em baixa, expectantes”, comentou Carla Santos, gestora da XTB.
Foi neste cenário que o alemão DAX-30 caiu 0,88%, apresentando um dos piores desempenhos no Velho Continente. Índices como o CAC-40 de Paris e FTSE-MIB de Milão perderam mais de 0,6%, assim como o índice de referência europeu: o Stoxx 600 caiu 0,58% para 376,21 pontos.
“O petróleo explodiu ontem em alta com o brent a quebrar a barreira dos 70 dólares. A impulsionar este ativo estiveram as tensões no médio oriente e a desvalorização do dólar. Hoje, segue a corrigir com a tomada de mais-valias dos investidores de curto prazo e a aguardar o relatório da EIA – Energy Information Administration”, explicou a gestora da XTB.
(Notícia atualizada às 17h03)
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