Outubro: 500 mil milhões em fusões e aquisições
Outubro foi o mês das fusões e aquisições. Mais especificamente, de 500 mil milhões de dólares em mega negócios. Isto mostra como a confiança das empresas na economia está a aumentar.
Outubro foi o mês das fusões e aquisições. Estamos a falar de 500 mil milhões de dólares (perto de 456 mil milhões de euros). A General Eletric liderou um grupo de empresas envolvidas em grandes negócios, naquele que foi um dos meses mais movimentados de sempre. A confiança na economia está a aumentar.
O aumento do número das “mega fusões e aquisições” nas últimas semanas realça a renovada confiança das empresas na perspetiva para a economia, especialmente a dos EUA, a maior do mundo. Isto apesar de a corrida presidencial estar a ser muito disputada, o que tende a aumentar a incerteza dos investidores.
O Financial Times relembra que as condições operacionais em muitas companhias não mudaram drasticamente nos últimos anos. Ainda não estão a conseguir aumentar as receitas. E as taxas de juro em mínimos historicamente baixas tornaram as aquisições um forma atrativa de impulsionar este crescimento. O jornal faz uma lista das principais operações que ocorreram este mês.
Dona da Lucky Strike deu o sinal de partida
A British American Tobacco foi quem iniciou esta vaga de fusões e aquisições. A dona da marca Lucky Strike ofereceu-se para comprar o que ainda não detém da Reynolds American, a dona da Camel. Poderá ser um mega negócio avaliado em 47 mil milhões de dólares (43,1 mil milhões de euros).
A proposta em ações e dinheiro avalia cada ação da Reynolds em 56,50 dólares. A proposta de fusão “é a evolução lógica da nossa relação e oferece a todos os acionistas uma participação numa empresa mais forte”, refere o CEO da BAT, Nico Durante. A oferta pode vir a criar a maior empresa privada do mundo na indústria do tabaco, superando a Philip Morris.
A BAT pensa que a operação vai gerar sinergias “relativamente modestas” a nível dos custos. Mais concretamente, de cerca de 400 milhões de dólares. Segundo os termos do acordo, os investidores da Reynolds receberiam 24,13 dólares em dinheiro e 0,502 de ações da BAT. O dinheiro será financiado por uma combinação de recursos já existentes, novas linhas de crédito bancário e novas obrigações.
AT&T quer a Time Warner
Apenas um dia depois, a AT&T avançou com uma oferta pela Time Warner. A empresa de telecomunicações quer comprar a dona da Warner Bros., da CNN, da HBO e da TNT, num negócio multimilionário de mais de 80 mil milhões de dólares (73,4 mil milhões de euros). O valor equivale a aproximadamente 105 a 110 dólares por ação. O acordo deverá resultar na fusão das duas empresas e vai gerar um autêntico colosso no mundo dos media e das telecomunicações. É expectável que, nos próximos tempos, a fusão das duas empresas esteja sujeita a um apertado escrutínio por parte dos reguladores dos Estados Unidos da América.
Qualcomm. Um negócio multimilionário
A Qualcomm também não perdeu tempo. Cinco dias depois da oferta da AT&T, a empresa comprou a NPX Semiconductors por mais de 47 mil milhões de dólares. Foi mais um negócio multimilionário no setor tecnológico. A Qualcomm é uma empresa especializada em módulos de processamento para dispositivos móveis. Já a NPX fornece tecnologia responsável pelos sistemas de comunicação por proximidade — como é o caso do NFC, uma funcionalidade muito usada nos terminais de pagamento.
Desde setembro que corriam rumores acerca deste negócio. E espera-se que a fusão esteja concluída até ao final de 2017, mas ainda terá de ter luz verde por parte das autoridades reguladoras. A avançar, o acordo prevê que os investidores da NPX recebam cerca de 110 dólares por ação.
Halloween. Mas só com doces
Hoje foi um dia feliz para as fusões e aquisições. Só hoje, a General Electric chegou a acordo para combinar as suas operações de petróleo e gás com a Baker Hughes e a CenturyLink disse que planeia comprar a Level 3 Communications.
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Os dois negócios correspondem a perto de 66 mil milhões de dólares (60 mil milhões de euros) dos 500 mil milhões deste mês. O acordo da GE permite que a empresa consiga gerir os custos e ainda assim beneficiar com uma eventual recuperação do setor. Já o negócio da CenturyLink oferece à empresa a possibilidade de aumentar a capacidade de fibra ótica. Algo que é especialmente importante, uma vez que a companhia leva a internet de banda larga para áreas rurais.
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